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Segurança Social: Pedro Nuno Santos defende diversificação do financiamento, Luís Montenegro quer estudar sustentabilidade

O líder da Aliança Democrática admitiu que, se ganhar as eleições, não vai avançar com qualquer medida sobre a Segurança Social mas deixou a ideia de que as contas do Governo que garantem a sua sustentabilidade devem ser comprovadas.
Pedro Nuno Santos
José Sena Goulão/Lusa
26 Fevereiro 2024, 12h04

O financiamento e a sustentabilidade da Segurança Social foi o tema inicial do debate das rádios que decorreu esta segunda-feira com Pedro Nuno Santos a defender a diversificação do financiamento e Luís Montenegro a mostrar-se disponível para estudar a sustentabilidade.

O secretário-geral do PS considera que é importante “diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social para que não dependa só das contribuições dos trabalhadores. o fim das SCUTS é a solidariedade para com o país”. Para Luís Montenegro, é muito importante que a próxima legislatura seja dedicada a “perceber se a perspetiva otimista do Governo face à sustentabilidade da Segurança Social”.

“Queremos fazer uma reflexão profunda sobre essa sustentabilidade. Não há nenhuma perspectiva de fazer alguma mudança nesta legislatura. Utilizar o lucro da privatização da CGD está fora de hipótese porque não defendemos essa privatização. Não há um problema de sustentabilidade nos próximos anos mas há vários académicos que asseguram contas diferentes das avançadas pelo Governo”, defendeu o líder da AD.

Rui Rocha garantiu que com a IL “não haverá redução nas pensões nem incumprimento na atualização das pensões. Perda de metade no primeiro mês que se reformar não é sustentabilidade da Segurança Social. Temos que criar o pilar de capitalização para que as pessoas comecem a constituir uma poupança”.

Do lado do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua considerou que “o imposto sobre grandes fortunas, entre outros, pode ser uma das fontes de financiamento da Segurança Social para diversificá-las. Desvalorizar a Segurança Social é um mau serviço para a democracia. Propostas como as da IL para privatizar uma parte da Segurança Social só pode correr mal. Vamos ver o que acontece quando se entrega a Segurança Social a fundos financeiros privados”, disse em resposta a Rui Rocha.

Pelo PCP, Paulo Raimundo considera que “há uma questão central que é o aumento dos salários mas não há nada que indique que há um problema de sustentabilidade da Segurança Social. A diversificação das fontes é uma questão de justiça, a solução para os problemas não é pegar no dinheiro do trabalho e entregá-lo a fundos privados”.

A líder do PAN, Inês Sousa Real fez um repto ao PS: “Se calhar, era importante renegociar as parcerias público-privadas rodoviárias, já que fala tanto de acabar com as portagens nas SCUT. É importante robustecer a Segurança Social”.

Do lado do Livre, Rui Tavares considerou que “a pobreza pode ser erradicada nos segundos 50 anos do 25 de Abril e pode ser um fenómeno circunscrito com reforço do abono de família. O Complemento Solidário para Idosos deve ser reforçado para que não haja pensões abaixo do salário mínimo e que haja um sistema de herança social que seja financiado com um imposto sucessório sobre as grandes heranças”.
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