[weglot_switcher]

Siderurgia Nacional quer Governo a implementar já medidas aprovadas

“A situação política atual não pode atrasar a aplicação destas medidas”, defendeu hoje a empresa dona da Siderurgia Nacional, alertando que quando vier um novo Governo já será tarde.
Interior das instalações da empresa Megasa, Siderurgia Nacional, em Paio Pires, Seixal, 08 de julho de 2016. RUI MINDERICO/LUSA
21 Março 2025, 16h25

A Megasa-Siderurgia Nacional veio hoje a público exigir que o Governo implemente as medidas já aprovadas para as empresas eletrointensivas, isto é, as grandes consumidores de eletricidade.
“O Executivo tem de avançar já com medidas pendentes para eletrointensivas. O setor eletrointensivo nacional está estrangulado pelo escalar dos preços da energia e necessita da aplicação urgente das medidas já anunciadas pelo Executivo. A Megasa-Siderurgia Nacional junta-se assim ao apelo deixado pelo Presidente da República, que recordou que o país não pode travar decisões essenciais devido à realização de eleições legislativas”, disse hoje a empresa em comunicado.
A companhia defende que o Governo deve executar as seguintes medidas:
  1. “Estatuto Eletrointensivo. O Governo português deve garantir a aprovação formal de Bruxelas e a sua imediata aplicação.
  2. Autorização orçamental para aumentar a compensação dos custos indiretos do CO2. Esta autorização deve ser já requerida a Bruxelas e garantir um orçamento reforçado já em 2025.
  3. Eliminação do custo com a tarifa social para consumidores eletrointensivos. Esta medida já foi acolhida pelo governo, mas ainda não foi executada”.

O administrador da empresa Alvaro Alvarez defendeu que “a situação política atual não pode atrasar a aplicação destas medidas no curto prazo. Um novo executivo já não chegará a tempo de as implementar. Ora, sendo estas medidas transversais e amplamente aceites pelos principais partidos, incitamos o atual executivo a avançar de empresas imediato com elas. O setor produtivo nacional não pode esperar mais”.

A maior companhia eletrointensiva em Portugal considera que estas medidas “são essenciais para evitar reduzir a produção da  Megasa e perder competitividade relativamente ao exterior. Neste momento, a Megasa encontra-se em desvantagem face às suas concorrentes europeias que, em alguns países, já beneficiam do estatuto de eletrointensivas e de medidas de apoio muito mais ambiciosas do que as existentes em Portugal, garantindo desta forma uma maior competitividade da indústria”.

A Megasa emprega 700 trabalhadores e exporta mil milhões de euros em produtos por ano.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.