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Sindicatos médicos e Ministério da Saúde retomam negociações

Sindicatos dos médicos continuam a pedir o aumento transversal de 30% nos salários. Até agora, o Governo cedeu na redução do horário semanal para 35 horas e no regresso às 12 horas de serviço de urgência.
4 Novembro 2023, 08h54

O Ministério da Saúde volta a reunir-se este sábado com os sindicatos dos médicos para tentar chegar a um acordo final. Em cima da mesa, neste momento, está apenas pendente a questão salarial.

As negociações entre as duas partes duram há 18 meses, com este tempo a ser marcado por sucessivas greves.

A última ronda de negociações aconteceu na terça-feira, 31 de outubro, e estendeu-se por mais de oito horas, depois das mais de nove horas de sábado.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação dos Médicos (FNAM) continuam a reivindicar um aumento salarial transversal de 30%, considerando que este é um montante justo para compensar a perda do poder de compra dos últimos anos.

“O Governo tem feito um diálogo, que é um diálogo de boa-fé, com uma evolução assinalável das propostas e nós continuamos a trabalhar para uma aproximação de posições”, disse Manuel Pizarro. O ministro da Saúde espera um “resultado positivo” desta nova ronda.

Sobre o valor colocado em cima da mesa por parte dos sindicatos médicos, o governante apontou que foram apresentadas várias propostas “que ultrapassam muito esse valor”. “Nós temos vindo a aproximar-nos e ninguém pode esperar que uma negociação signifique intransigência das duas partes. As duas partes têm que se aproximar para que seja possível chegar a um acordo”, referiu.

Avanços nas negociações

Os sindicatos médicos tinham três pedidos nestas últimas negociações: 35 horas semanais, regresso às 12 horas de serviço de urgência e aumentos salariais de 30%.

Até agora, o Ministério da Saúde acedeu aos dois primeiros pedidos, mas as conversas têm sido marcadas pelos aumentos dos salários, em detrimento da perda do poder de compra e da subida da inflação.

O SIM e a FNAM aplaudiram a redução do horário normal para as 35 horas por semana, em vez das atuais 40 horas, e do retorno às 12 horas de trabalho em serviço de urgência.

Sabe-se, no entanto, que as medidas não serão transpostas de forma imediata. O Governo e os sindicatos acordaram que serão medidas a implementar de forma faseada e progressiva ao longo da legislatura.

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