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Siza Vieira alerta para défice nas qualificações da população portuguesa

O Ministro de Estado, da Economia e Transição Digital indica que Portugal é atualmente o terceiro país da OCDE com mais baixas qualificações ao nível da população ativa, sendo que cerca de metade não completou o ensino secundário.
13 Outubro 2020, 12h06

Pedro Siza Vieira diz que é necessário continuar a fazer progressos na formação da população portuguesa para que o país possa continuar a produzir e assim gerar mais investimento. O Ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, é ouvido esta terça-feira, 13 de outubro numa audição conjunta com o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos sobre a visão estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030, pedida pelo CDS-PP.

“O maior atraso a que a história nos levou foi o défice de qualificações. Apesar do grande investimento que nas últimas décadas que o país tem feito, continuamos a ser o terceiro país da OCDE com mais baixas qualificações ao nível da população ativa. Cerca de metade não completou o ensino secundário e isso coloca-nos com grandes dificuldades, no sentido do crescimento da nossa produtividade”.

Desta forma, Siza Vieira acredita que a transição digital vai acelerar todas as mudanças que o Governo tem vindo a desenhar. Uma das componentes mais importantes diz respeito às qualificações e competências. “Um quarto da nossa população nunca utilizou internet. Temos em curso um programa de formação e chegar às populações menos letradas nesta matéria financiado pelo Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

Nova frota de comboios para linha de Cascais e aumento na linha de Sintra

Por sua vez, Pedro Nuno Santos explica que da parte das infraestruturas e habitação o programa 1º Direito irá receber uma fatia muito significativa do PRR, não podendo ainda adiantar os valores envolvidos. “Temos finalmente a disponibilidade financeira para concretizar o 1º Direito com as nossas autarquias que financiamos mais de 90% e em alguns casos nos aproximamos dos 99% que é feito pelos municípios”, explica.

O Ministro das Infraestruturas e da Habitação revela que também está delineado um programa de arrendamento acessível dirigido às populações de rendimentos médios, que será feito com recurso a dívida. “Este arrendamento gera receita e tem investimento muito significativo não só para recuperar parque público, mas também para dar resposta às necessidades da população carenciada e de rendimentos médios”, frisa.

Em relação à material circulante, Pedro Nuno Santos fala na aquisição de 129 comboios, 62 urbanos para fazer face às necessidades das duas grandes áreas metropolitanas. “Precisamos de uma frota nova na linha de Cascais e de substituir e aumentar na linha de Sintra. 55 comboios para o serviço regional e 12 comboios para longo curso que terão de ser financiados por empréstimo, dado que o longo curso não está no contrato de serviço público, mas no mercado liberalizado”, salienta.

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