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“Só não haverá Orçamento se Governo não quiser”, atira Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos assegurou que os socialistas vão apresentar as suas propostas na reunião desta sexta-feira, sendo que a viabilização do Orçamento por parte do PS acontecerá mediante “cedências por parte do Governo”.
Pedro Nuno Santos
José Sena Goulão/Lusa
23 Setembro 2024, 11h27

O secretário-geral do Partido Socialista admite que estão disponíveis para viabilizar um Orçamento do Estado (OE) apresentado por um partido da oposição, mas “obviamente que isso implica cedências por parte do Governo”.

Pedro Nuno Santos visitou Oliveira de Azeméis esta manhã, no âmbito do rescaldo dos incêndios, e falou sobre a polémica troca de comunicados entre PS e Governo. “Não é por causa do PS que não haverá OE. Só não haverá OE se o Governo não quiser”, atirou o deputado e líder socialista.

Sobre a polémica dos comunicados, que já resultou numa data para uma reunião entre o principal partido da oposição, Pedro Nuno Santos explicou que o comunicado do PS só surgiu como forma de defesa das acusações sobre a falta de posição para um encontro. Mas Pedro Nuno Santos foi mais conciso: “que se faça a reunião e que tentemos encontrar um ponto de encontro” entre as propostas orçamentais.

Em relação aos temas que vai levar à mesa de negociações, o líder do PS assegura não os revelar até ao encontro com o primeiro-ministro, já marcado para sexta-feira. “Não é correto do ponto de vista negocial estar a anunciar publicamente as propostas que vamos apresentar”, retorquiu em resposta a um jornalista.

Questionado ainda sobre a possibilidade de eleições antecipadas, caso o Orçamento para o próximo ano não seja aprovado no Parlamento, Pedro Nuno Santos diz que estas só acontecerão “se o Governo ou Presidente da República assim o quiserem”.

Num comunicado emitido no domingo, e em resposta à oposição, o Governo explicou que o primeiro-ministro estava “desde 4 de setembro, a tentar marcar uma reunião com o secretário-geral do Partido Socialista”, sendo que a mesma ainda não tinha acontecido “devido à indisponibilidade recorrente” de Pedro Nuno Santos.

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