O acordo comercial entre a Comissão Europeia e a Administração Trump no domingo, que elevou as taxas aduaneiras das exportações da União Europeia (UE) para os Estados Unidos para 15%, suscitou diferentes reações dos líderes mundiais.
Logo na manhã de segunda-feira, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, considerou que esse domingo tinha sido “um dia sombrio” para a Europa, que “se resignou à submissão” ao assinar o acordo comercial. “É um dia sombrio aquele em que uma aliança de povos livres, reunidos para afirmar os seus valores e defender os seus interesses, se resigna à submissão“, escreveu o chefe do Governo francês na rede social X.
Enquanto François Bayrou está cheio de certeza que a UE se submeteu, a primeira-ministra de Itália Giorgia Meloni não tem tanta certeza se o acordo foi mau. “Considero positivo que haja um acordo, mas se não vejo os detalhes, não consigo julgá-lo da melhor maneira”, disse Giorgia Meloni.
A ministra da Economia alemã, Katherina Reiche, admitiu que “o acordo, com a sua tarifa básica de 15%, certamente será um desafio para nós. Mas o lado bom é que ele traz certeza.”
Por sua vez, o ministro do Comércio da Suécia, Benjamin Dousa disse “este acordo não enriquece ninguém, mas pode ser a alternativa menos má. O que parece positivo para a Suécia, com base numa avaliação inicial, é que o acordo cria alguma previsibilidade.”
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, referiu que “as condições comerciais não serão tão boas quanto antes, e não é a nossa escolha, mas é preciso encontrar um equilíbrio que estabilize a situação e com o qual ambas as partes possam conviver”.
O primeiro-ministro Finlandês Petteri Orpo apontou que “o acordo traz a previsibilidade tão necessária à economia global e às empresas finlandesas. O trabalho deve continuar para desmantelar as barreiras comerciais. Somente o livre comércio transatlântico beneficia ambos os lados”.
Na Irlanda, o ministro do Comércio, Simon Harris, apontou que este acordo “proporciona uma medida de certeza muito necessária para as empresas irlandesas, europeias e americanas que, juntas, representam a relação comercial mais integrada do mundo. Embora a Irlanda lamente que a tarifa básica de 15% esteja incluída no acordo, é importante que agora tenhamos mais certeza sobre os fundamentos da relação comercial UE-EUA, essencial para empregos, crescimento e investimento”.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, apoiou o acordo, mas sem entusiasmo. “Valorizo os esforços da Comissão Europeia e aprecio a atitude construtiva e negociadora do Presidente da Comissão Europeia. De qualquer forma, apoio este acordo comercial, mas sem qualquer entusiasmo”, referiu.
Quem também saudou o acordo foi o primeiro-ministro romeno Ilie Bolojan. “O primeiro-ministro Ilie Bolojan saúda a conclusão de um acordo comercial e considera que é um bom presságio”, afirmou a assessoria de imprensa do governo. “Elimina a atual incerteza que causava perturbações e incertezas nas relações comerciais transatlânticas”, acrescentou.
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