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Tarifas: O que disseram os líderes europeus sobre o acordo entre UE e EUA?

O acordo que elevou as taxas aduaneiras das exportações da União Europeia (UE) para os Estados Unidos para 15% levou os líderes europeus a reagir de diversas formas, com muitos a dizerem que o acordo, apesar de tudo, traz certeza.
epa12254332 US President Donald Trump participates in a reception with Republican Members of Congress in the East Room at the White House in Washington, 22 July 2025. EPA/Yuri Gripas / ABACAPRESS.COM / POOL
29 Julho 2025, 07h00

O acordo comercial entre a Comissão Europeia e a Administração Trump no domingo, que elevou as taxas aduaneiras das exportações da União Europeia (UE) para os Estados Unidos para 15%, suscitou diferentes reações dos líderes mundiais.

Logo na manhã de segunda-feira, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, considerou que esse domingo tinha sido “um dia sombrio” para a Europa, que “se resignou à submissão” ao assinar o acordo comercial. “É um dia sombrio aquele em que uma aliança de povos livres, reunidos para afirmar os seus valores e defender os seus interesses, se resigna à submissão“, escreveu o chefe do Governo francês na rede social X.

Enquanto François Bayrou está cheio de certeza que a UE se submeteu, a primeira-ministra de Itália Giorgia Meloni não tem tanta certeza se o acordo foi mau. “Considero positivo que haja um acordo, mas se não vejo os detalhes, não consigo julgá-lo da melhor maneira”, disse Giorgia Meloni.

A ministra da Economia alemã, Katherina Reiche, admitiu que “o acordo, com a sua tarifa básica de 15%, certamente será um desafio para nós. Mas o lado bom é que ele traz certeza.”

Por sua vez, o ministro do Comércio da Suécia, Benjamin Dousa disse “este acordo não enriquece ninguém, mas pode ser a alternativa menos má. O que parece positivo para a Suécia, com base numa avaliação inicial, é que o acordo cria alguma previsibilidade.”

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, referiu que “as condições comerciais não serão tão boas quanto antes, e não é a nossa escolha, mas é preciso encontrar um equilíbrio que estabilize a situação e com o qual ambas as partes possam conviver”.

O primeiro-ministro Finlandês Petteri Orpo apontou que “o acordo traz a previsibilidade tão necessária à economia global e às empresas finlandesas. O trabalho deve continuar para desmantelar as barreiras comerciais. Somente o livre comércio transatlântico beneficia ambos os lados”.

Na Irlanda, o ministro do Comércio, Simon Harris, apontou que este acordo “proporciona uma medida de certeza muito necessária para as empresas irlandesas, europeias e americanas que, juntas, representam a relação comercial mais integrada do mundo. Embora a Irlanda lamente que a tarifa básica de 15% esteja incluída no acordo, é importante que agora tenhamos mais certeza sobre os fundamentos da relação comercial UE-EUA, essencial para empregos, crescimento e investimento”.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, apoiou o acordo, mas sem entusiasmo. “Valorizo os esforços da Comissão Europeia e aprecio a atitude construtiva e negociadora do Presidente da Comissão Europeia. De qualquer forma, apoio este acordo comercial, mas sem qualquer entusiasmo”, referiu.

Quem também saudou o acordo foi o primeiro-ministro romeno Ilie Bolojan. “O primeiro-ministro Ilie Bolojan saúda a conclusão de um acordo comercial e considera que é um bom presságio”, afirmou a assessoria de imprensa do governo. “Elimina a atual incerteza que causava perturbações e incertezas nas relações comerciais transatlânticas”, acrescentou.

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