Em 2014, o cante alentejano foi elevado a Património Imaterial da Humanidade. Agora, dez anos volvidos, o São Luiz Teatro Municipal, em parceria com o Museu do Cante de Serpa, acolhe o espetáculo “Insustentável Leveza do Cante”, no âmbito do qual serão apresentadas as obras Llaços, contradanças e descantes, do compositor Eurico Carrapatoso e Livro Segundo, op.57, do Novíssimo Cancioneiro de Nuno Côrte-Real.
O maestro e compositor português, dedica o Livro Segundo, op.57 a Maria Pinto Cortez e ao seu Cancioneiro de Serpa (1994), considera uma “recolha etnográfica incontornável, feito ao longo de uma vida, e profusamente ilustrado pela autora”. Além de homenagem, esta obra de Nuno Côrte-Real resulta, também, da recolha etnográfica que levou a cabo na cidade de Serpa, onde passou a sua infância, fruto de uma circunstância familiar ocasional.
O Livro Segundo, op.57 é interpretado por um dos mais prestigiados grupos portugueses, o Ensemble Darcos, criado em 2002 por Nuno Côrte-Real, tendo como principal propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou Debussy, e a música do próprio Côrte-Real, designadamente esta incursão pelo cante alentejano.
Do seu trabalho resultou o álbum “Cante, by Nuno Côrte-Real”, lançado em 2020 pela Odradek Records, no qual participa também o Coro Ricercare, composto por 30 jovens, na sua maioria estudantes de música, que tem vindo a apresentar de uma forma sistemática música tradicional portuguesa harmonizada por compositores portugueses do século XX, bem como obras originais.
Dia 3 de julho | 20h00 | Sala Luis Miguel Cintra | São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
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