Os técnicos dos eventos vão voltar-se a manifestar-se no início de setembro. A decisão de convocar um novo protesto surge na sequência da reunião entre a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) e o Governo.
Para a APSTE, “a falta de medidas especificas para mitigar os impactos no setor” serve de mote para uma nova manifestação, pacífica e organizada, com o intuito de “chamar a atenção do Governo” para as dificuldades provocadas ao setor pela pandemia de Covid-19.
Os membros que integraram a comitiva que reuniu com o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, garantem que saíram da reunião com “uma mão cheia de nada”, o que os levou a agendarem uma nova manifestação para o próximo dia 8 de setembro.
Pedro Magalhães, presidente da APSTE, “foi com enorme esperança que nos deslocámos ao Ministério da Economia para sermos recebidos pelo secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. E foi com uma mão cheia de nada, e um enorme sentimento de frustração, que de lá saímos. Continuamos a não existir para este Governo”.
O principal intuito da manifestação será chamar a atenção do Governo para as dificuldades trazidas ao setor pela pandemia de Covid-19 e que tornam eminente o desaparecimento de mais de 170 empresas que geram 1.500 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos.
A reunião com o governante surgiu, a convite do próprio Ministério da Economia, após a manifestação original realizada pela APSTE, no passado dia 11 de agosto, na qual iluminaram o Terreiro do Paço, em Lisboa, com a projeção em videomapping de imagens simbólicas de protesto para com a atual situação das empresas do setor.
“Só mesmo quem não tem conhecimento do nosso setor, e do peso que este tem no Turismo e, consequentemente, na riqueza produzida para este país, é que pode afirmar que estas medidas são acertadas. Fizemos e refizemos as nossas contas e estas medidas apenas levam a um cenário de encerramento de empresas e aumento do desemprego”, afirma Pedro Magalhães.
Em comunicado, o dirigente associativo assegura que aquela ação “não foi entendida”. “Teremos que mostrar de forma mais abrangente quem somos e quantos somos. Sempre de forma pacifica, organizada e, claro, criativa, mas queremos mostrar que permanecemos fortes e, acima de tudo, unidos”, explica.
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