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Tecnológicas voltam à carga

Um dos temas mais relevantes para esta semana, e que esta segunda-feira foi notícia, é o novo pacote do governo para auxiliar a economia norte-americana.
28 Julho 2020, 13h55

Depois de uma semana em que a rotação de capital ditou perdas no sector tecnológico, com especial destaque para as grandes empresas, na sessão de segunda-feira o disco regressou à música dominante deste ano, privilegiando os sectores de crescimento e das empresas com maior capitalização.

Isto permitiu ao Nasdaq um ganho de 1,67%, muito superior à valorização de 0,74% registrada pelo S&P500 e mais ainda que os 0,43% alcançados pelo Dow Jones, dias antes de os gigantes Apple, Amazon e Google divulgarem os seus resultados. Ou seja, poderá ter sido um movimento de baixa propositada na semana passada para recompra a preços um pouco mais baixos agora. Se o lema funcionar de novo, pode voltar a corrigir após o anúncio, dentro da teoria do “comprar no rumor e vender na notícia”.

Outros sectores em destaque foram as empresas ligadas aos materiais e as imobiliárias, enquanto que do lado negativo a banca e as utilities lideraram nas perdas.

Um dos temas mais relevantes para esta semana e que segunda-feira foi notícia é o novo pacote do governo para auxiliar a economia norte-americana. Quando está perto de terminar a primeira onda de subsídios semanais de 600 dólares aos cidadãos, os líderes Republicanos aliados de Trump correm contra o tempo para tentar aprovar mais 1 bilião de dólares em ajudas, um balão de oxigènio que os investidores vêem com bons olhos, dado que a maior economia do mundo dá alguns sinais que reforçam a opinião da Fed sobre a recuperação ser longa e gradual.

Estes indícios levaram a Goldman Sachs a reduzir a sua estimativa de crescimento do PIB dos EUA no terceiro trimestre para 24%, bem menor que os 33% anteriormente antecipados, e uma dimensão positiva mais contida do que a queda de -34% que se espera ter  ocorrido no segundo trimestre, como se saberá na quinta-feira.

No mercado cambial o US dólar afundou -0,9%, impulsionando o euro para os $1,1746 devido a uma subida de 0,8%, se bem que hoje, terça-feira, o principal par de moedas esteja a corrigir para os $1,1713 no primeiro dia da reunião da Fed, que poderá validar o sentimento do mercado sobre uma posição confortavelmente acomodativa no banco central durante um período alargado de tempo, e com a ideia de que fará tudo o que for preciso.

Já o ouro, depois de um ganho de 1,9% na segunda-feira para os $1,938 por onça e após esta terça-feira ter tocado $1,981, corrige agora ligeiramente para os $1,926.

O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é mensal.
De realçar que contrariamente às correcções da bolha das dot.com (2001) e da crise financeira (2008), na crise Covid, as quedas no principal índice accionista não levaram o indicador stochastic para níveis de sobre-vendido, dada a rapidez da recuperação.
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