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Trump com dúvidas? Pedida suspensão de lei que pode banir TikTok

Depois de se socorrer da plataforma para aumentar a sua base de seguidores (e votos), Trump pediu a suspensão da lei que visa banir ou proceder à venda do TikTok a uma empresa americana.
TikTok
Dado Ruvic/Reuters
28 Dezembro 2024, 12h12

O presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Supremo Tribunal para suspender a implementação da lei que pode banir ou suspender a venda da rede social TikTok. Segundo noticia a Reuters, Trump considera que deve ter tempo, após a sua tomada de posse, para proceder a “uma resolução política” do tema.

No entanto, este é um retrocesso face ao seu anterior mandato. Em 2020, Donald Trump revelava que estava a considerar banir o TikTok, sustentando que a aplicação criada pela chinesa ByteDance representava “uma ameaça à segurança nacional” dos EUA.

O Supremo Tribunal vai agora ouvir todos os interessados a 10 de janeiro. Em abril, o Congresso tinha votado para banir o TikTok, a menos que a ByteDance encontrasse uma empresa norte-americana disposta a comprar a rede social até 19 de janeiro, um dia antes de Trump ser jurado o novo presidente.

O TikTok tem mais de 170 milhões de utilizadores só nos Estados Unidos. A ByteDance tem tentado que o TikTok não seja banido dos EUA, uma vez que tem sido um mercado bastante importante para a aplicação.

De facto, parece que Trump estará mesmo à procura de uma solução. No início de dezembro, Trump encontrou-se com o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, onde terá admitido que “ganhou carinho” pela aplicação e que estaria disposto a permitir que o TikTok continuasse a operar no território.

Esta rede social foi também essencial para a corrida de Donald Trump à presidência, onde este encontrou vários seguidores e uma força para expandir as suas crenças. Mesmo após ter tentado banir a aplicação, Trump soma agora 14,7 milhões de seguidores na plataforma, com vários vídeos a superarem as 10 milhões de visualizações.

O representante republicano na Comissão Federal de Telecomunicações, Brendan Carr, nomeado por Trump, já se posicionou publicamente contra o TikTok e insistiu que a plataforma deve ser removida das lojas de aplicações da Apple e Google, considerando que esta apresenta riscos para a segurança dos EUA e viola a privacidade dos seus utilizadores.

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