O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky rejeitou as exigências dos Estados Unidos de vender ceder por 500 mil milhões de dólares a riqueza mineral da Ucrânia para ressarcir Washington pela ajuda em tempo de guerra. O presidente da Ucrânia disse que os norte-americanos não enviaram nem de perto essa quantia e não ofereceram garantias de segurança específicas no acordo.
O líder ucraniano, que está sob grande pressão da Casa Branca, disse que Washington forneceu ao seu país 67 mil milhões de dólares em armas e 31,5 mil milhões em apoio orçamental direto durante a guerra de quase três anos com a Rússia – o que é apenas um pouco mais de 20% da verba que a Casa Branca parece agora reclamar. Se a Ucrânia ceder ao projeto, fica na estranha circunstância de perder o solo para a Rússia e o subsolo para os Estados Unidos, o que seria caricato se não fosse trágico.
Tudo isto “não é uma conversa séria”, comentou Zelensky – que sabe que pode acabar por ter de ceder ao projeto, pelo menos em parto, para manter o país minimamente viável em termos económicos. O presidente ucraniano disse que o acordo proposto não continha as disposições de segurança de que a Ucrânia precisa para se proteger da agressão russa e revelou que o rascunho do acordo propunha que os Estados Unidos assumissem a propriedade de 50% dos minerais essenciais da Ucrânia.
Zelensky disse ainda que a ajuda combinada dos Estados Unidos e da União Europeia chegou aos 200 mil milhões de dólares, de um total de 320 mil milhões gastos em armamento para o esforço de guerra. Vários comentadores, entre eles Francisco Seixas da Costa em declarações ao JE, referiram que, pelo menos em teoria, o instinto predatório de Moscovo é muito comparável àquele que agora se reconhece em Washington.
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