Um terço das empresas portuguesas está já a integrar a inteligência artificial generativa (Gen AI) na sua estratégia, ainda que apenas 10% a considere um elemento essencial do negócio, revela um estudo desenvolvido pela consultora KPMG e apresentado esta quarta-feira, 3 de junho.
O estudo “Generative AI Governance Survey”, que dá nome à conferência promovida em parceria com o Jornal Económico em que foi apresentado, resulta da auscultação, em maio e junho deste ano, de cerca de mil gestores de 120 empresas em Portugal e nos EUA.
Mais de um terço dos inquiridos (37%) refere que as suas empresas estão a escalar a utilização de Gen AI nos processos, considerando mais de três quartos (77%) que o uso predominante destas tecnologias será na otimização de operações, sendo olhada, sobretudo, como uma vantagem na área de back-office e processos.
“Ainda é uma ambição modesta”, refere Paulo Paixão, head of Audit & Assurance da KPMG, que apresentou o estudo.
Comparando com um estudo feito nos Estados Unidos da América (EUA), a integração da Gen AI na estratégia das empresas em Portugal quase triplica o que se regista nos EUA, com 33% face a 14%.
As grandes preocupações dos gestores na adoção da inteligência artificial generativa respeitam à cibersegurança e, também, com a Incorreção ou distorção de resultados, “seja por via da qualidade dos dados ou resultados” ou pelos “algoritmos”.
É possível verificar que, no presente estado de desenvolvimento do processo, apenas 40% dos inquiridos em Portugal considera que os benefícios da Gen AI já ultrapassam os riscos, visão que é partilhada com os EUA, onde 39% dos inquiridos dizem o mesmo.
A conferência sobre o “Generative AI Governance Survey” decorre em Lisboa e conta com a participação, além de Paulo Paixão, de João Moreira Rato, presidente do Instituto Português de Corporate Governance.
O evento é transmitido na plataforma multimédia JE TV.
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