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Vacina da Pfizer e BioNTech foi financiada pelo governo alemão e não pelo norte-americano

Apesar do que afirmou o vice-presidente Mike Pence, que atribuiu o sucesso recentemente conhecido da vacina à parceria público-privada criada pela administração norte-americana para a aceleração do desenvolvimento do fármaco, o financiamento do projeto veio de Berlim, através da BioNTech, e não de Washington.
11 Novembro 2020, 10h51

O financiamento da vacina da Pfizer, desenvolvida em conjunto com a BioNTech, veio através deste parceiro germânico, que recebeu 377 milhões de euros do governo de Angela Merkel, e não de Washington, ao contrário do que alegara o vice-presidente Mike Pence, noticia a Bloomberg.

O fármaco fez manchetes na passada segunda-feira depois dos laboratórios que o estão a desenvolver anunciarem que os ensaios clínicos de fase 3 demonstraram mais de 90% de eficácia. A notícia havia motivado elogios à administração Trump, em grande parte por membros da própria administração ou do Partido Republicano, por materializar o sucesso da Operação Warp Speed, a iniciativa presidencial que permitiu a aceleração do processo de desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.

No entanto, o financiamento do projeto veio do governo alemão em setembro, como revela a Bloomberg. Os EUA terão, até agora, um acordo assinado para a compra de 100 milhões de doses por 2 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros), com a possibilidade de comprar mais 500 milhões quando o medicamento for aprovado pela Food and Drug Adminsitration (FDA).

Entretanto, algumas figuras de proa do Partido Republicano como o Senador do Texas, Ted Cruz, ou Donald Trump Jr. questionaram o momento da divulgação, mostrando-se surpreendidos por estes resultados serem conhecidos depois da eleição presidencial.

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