A PSP assegurou hoje que preparou um planeamento operacional para as manifestações de sábado em Lisboa para impedir “ações hostis e de violência”, estando envolvidas no policiamento diversas valências da polícia como a Unidade Especial de Polícia (UEP).
Numa resposta enviada à Lusa, a direção nacional da Polícia de Segurança Pública refere que analisou e fez a avaliação do risco da manifestação “Não nos encostem à parede”, que se realiza entre a Alameda e o Martim Moniz, em Lisboa, e da vigília “Pela autoridade e contra a impunidade” promovida pelo Chega.
A PSP dá conta de que se reuniu com os promotores das duas iniciativas para os sensibilizar sobre as “questões de proteção e segurança de quem” participar nas manifestações.
Aquela força de segurança salienta que produziu “uma análise e avaliação do risco que permita um planeamento operacional o mais detalhado e concreto possível de forma a impedir ações hostis e de violência”, uma vez que as duas manifestações defendem interesses e posicionamentos ideológicos antagónicos.
“A PSP já efetuou a sua avaliação e análise do risco, tendo já articulado no sentido de alertar as organizações das referidas manifestações sobre os limites que a lei impõe, tendo também já o seu planeamento pronto no sentido de garantir que não haja qualquer constrangimento à realização das manifestações e ao livre exercício do direito de reunião e manifestação”, precisa a polícia.
Nesse sentido, no sábado vão ser mobilizadas para a segurança das manifestações diversas valências do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), que terão “o apoio permanente de meios da UEP da PSP”, refere aquela força de segurança, que não menciona os meios envolvidos.
Várias associações cívicas convocaram para sábado uma manifestação contra o racismo e a xenofobia após a intervenção policial que encostou dezenas de imigrantes contra a parede na Rua do Benformoso, em Lisboa.
O anúncio de uma manifestação, que tem início pelas 15:00 junto à Alameda e termina no Martim Moniz, motivou a resposta de grupos da extrema-direita e o partido Chega organizou uma vigília de apoio à PSP na Praça da Figueira para a mesma tarde, denominada “Pela autoridade e contra a impunidade”.
A operação policial de 19 de dezembro, no Martim Moniz, resultou na detenção de duas pessoas e na apreensão de quase 4.000 euros em dinheiro, bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos.
O enorme aparato policial na zona, onde moram e trabalham muitos imigrantes, levou à circulação de imagens nas redes sociais em que se vislumbram dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia.
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