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Venda do moçambicano Banco Terra prejudica lucros do Montepio em 3,6 milhões de euros

Apesar do impacto negativo, a operação de venda teve impactos positivos ao nível dos rácios de capital devido à diminuição dos ativos ponderados pelo risco, segundo a Caixa Económica Montepio Geral.
  • Cristina Bernardo
3 Janeiro 2019, 11h16

A venda da participação detida pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) no moçambicano BTM – Banco Terra vai ter efeitos desfavoráveis nos resultados líquidos do grupo em 3,6 milhões de euros, de acordo com a informação divulgada esta quinta-feira, em comunicado divulgado na CMVM.

“A venda da participação detida pelo grupo no BTM proporcionou um proveito estimado de 3,2 milhões de euros nas demonstrações financeiras consolidadas de 2018. A concretização desta operação originou a perda de controlo desta subsidiária, tendo determinado, de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, a reciclagem da reserva cambial negativa de 6,8 milhões de euros por contrapartida de resultados do exercício”, refere a CEMG, na mesma nota.

No entanto, esta transação gerou um proveito de 3,2 milhões de euros nas demonstrações financeiras consolidadas de 2018 e gerou impactos estimados positivos de nove pontos base no rácio Core Tier 1 e de seis pontos base no rácio de Capital Total, devido à diminuição dos ativos ponderados pelo risco, segundo o Montepio.

No último dia de agosto, a Montepio Holding, participada da CEMG, acordou a venda da participação no BTM à Arise, no âmbito da redefinição estratégica das suas participações internacionais. Com a venda de 45,78% do capital social do Banco Terra, a CEMG deixa de deter qualquer participação na instituição financeira de direito moçambicano, cuja posição remonta a 2012.

A venda à holding criada em conjunto pelo fundo soberano norueguês Norfund, pelo banco de fomento holandês FMO e pelo Rabobank (para apoiar o crescimento em África através de investimentos em instituições financeiras africanas) insere-se no contexto dos movimentos de consolidação que estão a ocorrer no setor financeiro de Moçambique, explica o banco liderado por Carlos Tavares.

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