O grupo Vodafone passou de lucros de 1,1 mil milhões a prejuízos de 4,2 mil milhões de euros no ano fiscal de 2025, terminado em 31 de março, devido a perdas por imparidades na Alemanha e na Roménia, que atingiram 4,5 mil milhões de euros.
De acordo com o relatório com resultados preliminares, publicado esta terça-feira, a empresa de telecomunicações apresentou receitas de 37,4 mil milhões de euros, mais 2% em relação ao exercício homólogo, “com um forte crescimento das receitas de serviços parcialmente compensado por movimentos cambiais”.
No que diz respeito ao EBITDA (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) ajustado, a Vodafone registou um aumento de 2,5% para 11 mil milhões de euros graças ao crescimento das receitas de serviço. Na Alemanha, o EBITDA ajustado diminuiu 12,6%, incluindo um impacto de 7,5 pontos percentuais relacionado com a alteração da lei da TV MDU, compensado pelo bom desempenho de no resto da Europa, África e Turquia.
O resultado operacional foi negativo em 411 milhões de euros.
O mercado português contribuiu expressivamente, ao lado da Grécia, para o aumento do número de novos clientes de serviços móveis com contrato, destaca a Vodafone no relatório: “conquistámos 462 mil novos clientes de serviços móveis com contrato nos nossos seis mercados, principalmente devido a Portugal e à Grécia. Em Portugal,
conquistámos 170.000 novos clientes de contratos móveis e 23 mil de banda larga fixa”.
Portugal registou um “bom desempenho” durante o ano fiscal de 2025, tanto no segmento de consumo como no de negócios, lê-se no mesmo documento. “Em novembro de 2024, lançámos em a nossa nova segunda marca, Amigo, para competir eficazmente em todos os segmentos do mercado após o lançamento de um quarto operador”, recorda a Vodafone.
“Desde que estabeleci os meus planos para transformar a Vodafone, há dois anos, a Vodafone mudou. Reformulámos a Europa, estamos a ver o impacto positivo do nosso esforço para a satisfação do cliente em todos os nossos mercados – mais notoriamente no Reino Unido e na Alemanha – e nós conseguimos introduzir fortes melhorias operacionais em todo o negócio. É evidente que há muito mais a fazer, mas este período de transição reposicionou a Vodafone para um crescimento plurianual. Olhando para o futuro, esperamos assistir a uma dinâmica generalizada em toda a Europa e África, e que a Alemanha regresse ao crescimento durante este ano. Isto reflete-se na nossa orientação para o crescimento dos lucros e do cash flow para o próximo ano”, analisou Margherita Della Valle, CEO da Vodafone, citada no documento.
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