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Wall Street aguarda pelos dados do emprego para decidir próximo passo

O sentimento do consumidor não tem dado indícios de grande quebra, muito pela robustez do mercado laboral.
2 Junho 2023, 12h08

Com a aprovação ontem, da suspensão do teto da dívida soberana dos EUA no congresso, os investidores respiraram de alívio fechando uma fonte de incerteza, mas viram-se agora para o dia seguinte, uma vez que as condicionantes financeiras para o acordo ontem selado irão provocar constrangimentos nos gastos dos consumidores, o que poderá ser a gota que irá fazer transbordar o copo de água da recessão na maior economia do mundo.

No entanto, o certo é que para além das vendas a retalho que continuam a dar sinais de arrefecimento da atividade económica, o sentimento do consumidor não tem dado indícios de grande quebra, muito pela robustez do mercado laboral, que é o pilar base para que o consumo privado se mantenha num patamar suficientemente alto que sustente o otimismo e com isso o consumo. E hoje será o dia de confirmar se a onda de criação de empregos acima do previsto se mantém.

Com efeito, contrariamente ao que se tem antecipado, os non-farm payrolls têm de forma consistente indicado que não obstante a criação de postos de trabalho não estar nos níveis de crescimento robusto da economia, estão muito acima dos 100.000 que são “precisos” para que os custos laborais recuem, ponto essencial para que a inflação caia de forma significativa até ao nível desejado pela Fed, que são os 2%.

Seja como for, as previsões para a decisão na próxima reunião do banco central norte-americano deverão continuar sem um rumo inquestionável, dado que existem fundamentos e retórica de membros do board para que tanto ocorra um novo aumento de 0,25%, como possa ser uma reunião de “pausa”, esta última a opção mais provável.

 

 

O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é semanal.

O principal índice está perto da linha superior do canal, uma zona que deverá ser de resistência.

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