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Zona euro termina 2020 com défice de 7,2% e 98% de dívida pública

A resposta à crise pandémica, que obrigou a apoios à manutenção do emprego, investimentos na saúde e uma diminuição da atividade produtiva, levou a um aumento dos gastos públicos assinalável.
22 Abril 2021, 10h17

O défice da zona euro cresceu significativamente em 2020, terminando o ano com 7,2% do PIB, informa esta quinta-feira, 22 de abril, o Eurostat, um resultado que compara com os 0,6% registados em 2019. Considerando a União Europeia como um todo, o indicador saltou dos 0,5% para os 6,9%.

Já no que toca à dívida pública do bloco europeu, a zona euro registou um aumento da mesma dos 83,9% para os 98,0% em 2020, sendo que a passagem foi de 77,5% para 90,7% na UE.

Estes resultados são coincidentes com as medidas extraordinárias que os governos nacionais tiveram de desenhar como forma de resposta à crise económica e social criada pela pandemia, que obrigou a um assinalável aumento de gastos numa altura em que caía a atividade produtiva nos países.

Todos os Estados-membros da UE reportaram défices orçamentais em 2020, em resultado destas medidas de combate à Covid-19. Os maiores, segundo a nota do Eurostat, registaram-se em Espanha, com 11%, Malta e Grécia, com 10,1% e 9,7%, respetivamente. Apenas a Dinamarca conseguiu manter o seu défice abaixo da linha vermelha de Bruxelas de 3%, ao verificar 1,1% de défice.

Em termos de dívida pública, 14 países apresentaram rácios em função do PIB superiores aos 60%, a outra diretriz orçamental do espaço económico europeu. Destaque para a Grécia, que lidera a lista dos maiores rácios de dívida-PIB, ao registar 205,6%. Segue-se Itália, com 155,8%, e Portugal, com 133,6%.

Os pesos da dívida pública mais baixos verificam-se na Estónia, que apresenta apenas 18,2%, Luxemburgo, com 24,9%, e Bulgária, com 25%.

A nota do Eurostat faz ainda saber que os gastos públicos em 2020 se situaram nos 54,1% do PIB da zona euro, sendo que as receitas do Estado chegaram a 46,8%. Na UE, estes indicadores fixaram-se nos 53,4% e 46,5%, respetivamente.

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