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Angola precisa de 19,6 mil milhões de euros dos bancos para financiar orçamento de 2017

Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 volta a ser deficitário. Estado angolano precisa de 19,6 mil milhões de euros em endividamento no mercado interno, a partir dos bancos e com a entrada de fundos.
23 Janeiro 2017, 18h02

O estado angolano terá este ano necessidades brutas de financiamento no mercado de cerca de 4,667 biliões de kwanzas (26,4 mil milhões de euros), anunciou esta segunda-feira Osvaldo João, diretor da Unidade de Gestão da Dívida (UGD).

Desse total, Angola precisa de 3,5 biliões de kwanzas, (19,6 mil milhões de euros), dos fundos e bancos nacionais, como financiamento do Orçamento Geral do Estado (OGE) em 2017.

“A banca nacional será fundamental para o alcance desse objetivo, visto que 75% [do endividamento] virá do mercado interno e a maior parte será precisamente por via de emissão de Títulos do Tesouro. E os maiores detentores de Títulos de Tesouro são os bancos. Ao longo do ano haverá também um grande nível de amortização de dívida, logo os bancos terão claramente grande possibilidade de renovarem os títulos que têm em carteira”, explicou o diretor da UGD, à margem da apresentação do Plano Anual de Endividamento do Estado angolano.

O Estado angolano antecipa a emissão de dívida no montante de 1,568 biliões de kwanzas, 8,8 mil milhões de euros a várias maturidades. No que diz respeito a Obrigações do Tesouro, prevê-se 1,803 biliões de kwanzas, 10,1 mil milhões de euros e em contratos mútuos com os bancos 122,7 mil milhões de kwanzas, 690 milhões de euros.

Osvaldo João explicou ainda que o financiamento líquido para Angola será de cerca de 1,087 biliões de kwanzas, 6,6 mil milhões de euros, com o montante que resta destinado a amortizações de dívida ao longo do ano.

“O nosso pressuposto é exatamente esse: Acreditamos que a banca nacional, ao receber as amortizações que serão feitas pelo Tesouro, irá participar na captação de dívidas novas”, continuou.

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