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BCE deverá manter subida dos juros apesar do colapso do SVB (com áudio)

Depois da queda do banco das startups, vários investidores começaram a questionar se BCE iria aumentar novamente os juros esta semana. No entanto, fonte próxima do conselho de governadores afirma à “Reuters” que o banco central não deverá deixar cair o plano, uma vez que isso poderia pôr em causa a sua credibilidade.
15 Março 2023, 09h49

Apesar da turbulência no sector financeiro provocada pelo colapso do Silicon Valey Bank, os responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) continuam inclinados a subir as taxas de juro em 50 pontos base na reunião desta quinta-feira, avança a “Reuters”. Isto numa altura em que as expectativas no banco central apontam para que a inflação continue demasiado elevada nos próximos anos.

Depois da queda do banco das startups, que teve impacto nos mercados globais, vários investidores começaram a questionar se o banco central liderado por Christine Lagarde iria aumentar novamente os juros esta semana. No entanto, fonte próxima do conselho de governadores afirma que o BCE não deverá deixar cair o plano de subir as taxas, uma vez que isso poderia pôr em causa a sua credibilidade.

Apesar de a proposta formal para a reunião ainda não ter sido entregue, os responsáveis já tiveram acesso às novas projeções trimestrais. A inflação será mais baixa nos próximos dois anos, em comparação com dezembro. Contudo, os preços deverão manter-se muito distantes da meta de 2% do BCE em 2024 e ligeiramente acima do alvo em 2025.

Contactada pela “Reuters”, fonte oficial do BCE não quis fazer comentários sobre o rumo da política monetária do banco central.

O mercado está a descontar uma probabilidade de 85% de o BCE subir os juros em 50 pontos base, para 3%, na reunião desta quinta-feira. Alguns bancos, como o Deutsche Bank, preveem um aumento mais ligeiro ou mesmo que não haja qualquer subida.

Os investidores reduziram significativamente as suas apostas sobre a subida dos juros desde que o Silicon Valley Bank colapsou, projetando agora que a taxa alcance um pico de 3,65% no outono, face à previsão de mais de 4% apontada na semana passada.

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