O mês de abril foi sinónimo de uma nova desaceleração dos preços no consumidor e de um recuo dos preços na produção industrial, destaca esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística, na síntese económica da conjuntura. Já os indicadores de curto prazo apontam para um abrandamento da atividade económica na indústria e nos serviços.
“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 5,7% em abril, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais à observada no mês anterior”, observa o gabinete de estatísticas.
E detalha que também o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou, passando de uma variação homóloga de 19,3% em março para 14,2% em abril.
“Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens, em março, registaram variações de 4,8% e -2,2%, respetivamente (7,1% e 4,4% em fevereiro)”, acrescenta o INE.
Por outro lado, na produção industrial, os preços caíram. Em causa está um recuo de 0,9% face ao período homólogo, o que “não acontecia desde fevereiro de 2021”, e após crescimentos de 8,9% e 0,1% em fevereiro e março.
“O agrupamento de energia foi decisivo para a redução do índice total, com taxas de -21,5% e -17,9% em março e abril, respetivamente. Excluindo a componente energética, este índice desacelerou para 4,7% (8,1% em março)”, salienta o gabinete de estatísticas.
Já no que diz respeito à atividade económica, os indicadores de curto prazo na perspetiva da produção apontam para uma desaceleração nominal na indústria e nos serviços, bem como uma diminuição real na indústria e uma aceleração na construção.
Quanto à perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica aumentou de forma menos intensa em março, verificando-se uma diminuição do indicador de investimento e uma aceleração do indicador de consumo privado.
“Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre janeiro e abril”, destaca o INE.
A síntese económica da conjuntura dá conta ainda de que o Produto Interno Bruto aumentou 1,6% em cadeia e 2,5% em termos homólogos, entre janeiro e março, face ao período homólogo. Nesse mesmo período, a taxa de desemprego aumentou para 7,2%, mas o emprego também aumentou.
Atualizada às 11h23
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