O candidato do Partido dos Trabalhadores no Brasil, Fernando Haddad, comparou o seu adversário à corrida presidencial, Jair Bolsonaro, a António de Oliveira Salazar, antigo chefe do conselho português, catalogado na lista dos anti-democratas mais empedernidos da Europa.
“Acho que os portugueses que conhecem o salazarismo e sabem tudo de ruim que o fascismo traz para o mundo, deviam ficar preocupados com a eleição no Brasil, porque a democracia, com o afastamento da Dilma sem crime de responsabilidade e a prisão injusta do Lula, denunciada pela própria ONU, isso é que deveria preocupar os portugueses”, afirmou Haddad em exclusivo aos jornalistas da TVI, que o acompanharam numa visita a um bairro nos subúrbios do Rio de Janeiro.
Confrontado com os escândalos que envolvem o seu partido e a ele pessoalmente, Haddad tentou desviar o assunto, pondo a tónica no que o PT fez para acabar com a corrupção.
“Todos os escândalos que afetam os partidos nos preocupam, mas vamos continuar a fortalecer, como sempre fizemos, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça”, afirmou. “Sem a legislação que nós criámos, toda a sujeira existente no Brasil continuaria debaixo do tapete. Com a graça do nosso partido, fortalecemos as instituições que estão a ser enfraquecidas hoje pelo governo Temer, fruto de um golpe”, acrescentou aos enviados da TVI.
O Ministério Público brasileiro indiciou o candidato do PT pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de ‘quadrilha’, na sequência de uma investigação da Operação Lava-Jato.
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