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Rui Rio: “Não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus”

Após 15 minutos de espera, Rui Rio que votou cerca das 11h45 na Escola Bom Sucesso, no Porto, reiterou o apelo a que as pessoas vão votar.
24 Janeiro 2021, 13h39

O presidente do PSD defendeu esta manhã que “não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus” e, apesar de ter defendido o adiamento das presidenciais, ao verificar a organização do processo, pediu às pessoas para votar.

Após 15 minutos de espera, Rui Rio votou cerca das 11h45 na Escola Bom Sucesso, no Porto, com elogios à forma como o processo eleitoral foi aqui organizado e deixando um apelo para que as pessoas venham votar. “Estou convencido que, da forma como estamos a votar, não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus e estou à vontade porque eu fui um dos que achava que se deveria adiar as eleições. Estou a dizer isto com essa autoridade moral”, afirmou.

O líder do PSD, que lembrou que “queria adiar” este ato eleitoral para a Presidência da República, foi perentório: “estou a olhar, estou a ver e estou a dizer às pessoas que podem vir”.

“Se a abstenção for muito elevada, não deixa de haver eleições, como é lógico, mas é muito diferente. O empenho das pessoas é fundamental para esta eleição”, apelou. Apontando que “a abstenção é sempre grande”, Rio espera que esta “não seja ainda muito mais elevada por força da situação que o país está a atravessar e para isso é preciso organizar as coisas devidamente”.

Questionado sobre se considerava que as autoridades tinham “aprendido a lição” com os problemas do voto antecipado na semana passada, o social-democrata disse esperar que “as críticas que o Governo sofreu relativamente àquilo que aconteceu no domingo” tenham levado o executivo “a acordar e, por sua vez, todos os demais responsáveis locais também a perceberem que não podia ser aquilo” que se viu “em Lisboa e aqui no Porto também”.

“Espero, do mal o menos, que pelo menos tenha servido para que no dia principal que é hoje tudo esteja devidamente organizado”, disse.

Reiterando o apelo a que as pessoas vão votar, o presidente do PSD fez questão de “dar os parabéns à Junta de Freguesia de Massarelos” uma vez que o processo eleitoral “está excecionalmente organizado, não há perigo nenhum”. “Não há qualquer risco em termos sanitários e não há qualquer desconforto em termos climáticos”, enfatizou.

Rio referiu que, “há muitos anos” votava-se na Junta de Freguesia de Massarelos, “só que precisamente a junta fez essa alteração agora para permitir todo este distanciamento que esta escola permite e que a junta não permitia”.

“Eu percebo que as pessoas tenham receio e por isso é muito importante eu dizer o que estou a dizer e vocês mostrarem as imagens que podem mostrar. Vota-se com completo conforto, não custa nada, não demora muito, acho que está perfeito”, elogiou.

Portugal elege hoje o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.

Os sete candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

As assembleias de voto para as eleições presidenciais abriram às 08h00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00. Nos Açores abriram e encerram uma hora mais tarde devido à diferença horária.

A tomada de posse do próximo chefe de Estado acontece no dia 09 de março, perante a Assembleia da República.

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