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“Por que continuamos a usar a Apple?”. China pondera retaliação face a ‘cerco’ norte-americano à Huawei

O mercado chinês é particularmente importante para a Apple dado que, depois dos Estados Unidos, a China é o segundo país no qual mais iPhone são vendidos. Guerra tecnológica pode conhecer novos capítulos nas próximas horas.
20 Maio 2019, 16h55

A Apple receia um boicote da China, após o corte de relações entre a Google e a Huawei que está agitar o mercado tecnológico esta segunda-feira, com a Apple a poder ser afetada com as consequências deste acontecimento, segundo conta o “El Economista”.

Depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter classificado a Huawei como um elemento para colocar pressão na negociação das tarifas com a China, aguarda-se agora que o Governo tenha a mesma atitude e tome medidas que possam afetar diretamente a Apple.

O mercado chinês é particularmente importante para a Apple dado que, depois dos Estados Unidos, é o segundo país no qual mais iPhone são vendidos.

De acordo com o “BuzzFeed News”, os cidadãos chineses estão a organizar-se através das redes sociais para deixarem de comprar iPhone e adquirirem o telefone equivalente da Huawei. “As funcionalidades da Huawei são comparáveis ​​ou até melhores do que no iPhone da Apple, temos uma boa alternativa, porque continuamos a usar a Apple?”, disse um dos cidadãos chineses ao boicote através da rede social Weibo.

Face a toda esta situação a Huawei emitiu esta segunda-feira um comunicado no qual indica que “continuará a fornecer atualizações de segurança e serviços pós-venda para todos os produtos Huawei, smartphone, tablet e Honor, cobrindo os que foram vendidos e que ainda estão em stock“.

Segundo a “Reuters”, a Huawei vai perder imediatamente o acesso a atualizações do sistema operativo Android, e a próxima versão dos seus smartphones fora da China vai também perder acesso a aplicações e serviços, incluindo o Google Play Store e a aplicação do Gmail.

A empresa chinesa, que é a segunda maior fabricante de smartphones do mundo depois da Samsung, assegurou também que vai continuar “a construir um ecossistema seguro e sustentável”.

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