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Merkel reúne-se com farmacêuticas e Bruxelas para moderar crise sobre entrega das vacinas

A chanceler alemã convocou as farmacêuticas, governantes regionais do país e os líderes da União Europeia para uma reunião onde será avaliado o processo de vacinação no bloco europeu.
POOL
1 Fevereiro 2021, 11h36

A chanceler alemã Angela Merkel irá reunir-se com as farmacêuticas, governantes regionais do país e chefes da Comissão Europeia, esta segunda-feira, para avaliar e acelerar o processo de vacinação no bloco europeu. A videochamada, que está agendada para esta tarde, a partir de Berlim, surge depois da AstaZeneca ter anunciado que irá entregar mais nove milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre.

A conversa servirá também para apaziguar as tensões entre a AstraZeneca e Bruxelas, uma vez que, a 22 de janeiro, anunciou-se que a farmacêutica não conseguiria entregar o quantidade de vacinas acordada. Ao todo, são agora 40 milhões de doses que a farmacêutica anglo-sueca se comprometeu a entregar ao bloco europeu, uma quantidade que fica aquém do lote de 100 milhões previstos para fevereiro e março.

Hoje, a Pfizer/BioNTech anunciou que iria entregar mais 75 milhões das vacinas contra a Covid-19 durante o segundo trimestre. As parceiras esclareceram que com a entrega deste lote, “regressariam ao calendário de entrega de doses da vacina” anunciado antes de terem arrancado obras na fábrica em Puurs, na Bélgica.

Para a produção de vacinas, a Pfizer conta com a ajuda da farmacêutica francesa Sanofi, que se comprometeu em ajudar na produção de 125 milhões de doses e da Novartis que se comprometeu em ajudar a enfrascar e acondicionar as vacinas da dupla.

Também a Moderna alertou, na semana passada, que iria entregar menos 20% das vacinas previstas para Itália, cerca de 300 mil doses a menos para o segundo país com maior número de mortes por Covid-19.

“Há minutos, a Moderna falou-nos do corte na distribuição das vacinas. Na semana que começa a 7 de fevereiro, apenas 132.000 doses chegarão, menos 20% do que o acordado”, disse Domenico Arcuri, citado pela agência “Reuters”.

“A partir de hoje, faltam-nos 300 mil doses de vacina. Cada dia há notícias piores do que na véspera. As vacinas não são refrigerantes ou snacks, são o único antídoto para esta noite escura que já dura um ano”, acrescentou o responsável Arcuri.

Em resposta à possível escassez de vacina, a Rússia comprometeu-se a enviar 100 milhões de doses para o bloco europeu, entre abril e junho, o suficiente para vacinar 50 milhões de pessoas. A proposta de oferta de 100 milhões de doses para a UE teria que estar sujeita à aprovação desta vacina pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), especifica o RDTF.

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