[weglot_switcher]

Vacina da AstraZeneca reduz transmissão do vírus após uma dose, segundo estudo

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford reduz a transmissão do vírus em 67% após a primeira dose, segundo uma análise aos ensaios clínicos atualmente em revisão, foi hoje anunciado.
Reuters/DADO RUVIC
3 Fevereiro 2021, 11h43

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford reduz a transmissão do vírus em 67% após a primeira dose, segundo uma análise aos ensaios clínicos atualmente em revisão. O estudo da Universidade de Oxford, que deverá ser ainda validado por pares antes da publicação, revela não apenas que as pessoas vacinadas estão protegidas da doença, como são menos capazes de a transmitir a outras.

O responsável do projeto, Andrew Pollard, disse hoje à “BBC” que esta vacina pode ter um “grande impacto” ao nível da transmissão, notando que os testes foram feitos antes do aparecimento das variantes mais contagiosas do novo coronavírus, que “está a tentar encontrar a qualquer custo formas de continuar a ser transmitido”.

O estudo mostra uma eficácia de 76% contra infeções após a primeira dose da vacina, eficácia que se mantém por três meses. A eficácia aumenta para 82% após uma segunda dose tomada três meses depois.

Na mesma entrevista à rádio britânica, o especialista e diretor do Oxford Vaccine Group considerou as vacinas contra a Covid-19 que estão a ser desenvolvidas pelas farmacêuticas deverão estar todas preparadas para imunizar os inoculados contra casos de infeção severa, sem dar garantias de que os fármacos estão preparados para proteger contra as novas mutações.

Questionado sobre a eficácia da vacina da AstraZeneca/Oxford contra as novas variantes, Andrew Pollard afirma que as novas estirpes “continuam a sofrer alterações para que que permitam evitar uma resposta imunológica humana e continuem a ser transmissíveis”, disse em entrevista à “BBC TV”, acrescentando que o vírus continuará a encontrar “formas de se adaptar para que continue a infetar”.

No entanto, o responsável deixou um alerta: “Não significa, porém, que não tenhamos proteção contra casos de infeção severa”, salientou, alertando que o vírus está neste momento mais focado em tentar sobreviver invés de causar danos humanos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.