O Reino Unido anunciou que vai iniciar um novo ensaio clínico para perceber se pode misturar doses de diferentes vacinas, comparando então estes resultados com a abordagem atual, onde cada pessoa é vacinada com duas doses da mesma vacina, revela a “BBC” esta quinta-feira.
O objetivo neste ensaio clínico é perceber a flexibilidade da imunização entre vacinas de diferentes farmacêuticas, de forma a combater possíveis interrupções no fornecimento, dado que as farmacêuticas revelaram que têm a produção em atraso e está a ser complicado corresponder a oferta à procura.
Segundo cientistas consultados pela “BBC”, estes afirmam que a mistura entre vacinas pode significar uma melhor proteção para os vacinados. Ainda assim, não existem registos que comprovem as afirmações destes cientistas, uma vez que o ensaio clínico ainda não foi iniciado.
O ministro britânico responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19 afirmou que, no momento atual, não será realizada qualquer mudança à abordagem de vacinação. Desta forma, as pessoas que já receberam a primeira dose da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca vão receber uma segunda dose do mesmo fabricante, seguindo o programa de imunidade aprovado pelas autoridades de saúde.
Nadhim Zahawi, ministro responsável pelo processo de vacinação, sustentou que o governo britânico doou sete milhões de libras (7,93 milhões de euros) para financiar o estudo, sendo que os resultado só serão apresentados no verão. “De momento não vamos mudar nada”, disse.
Ainda assim, Zahawi apontou à “BBC” que a mistura entre doses não é algo novo ou exclusivo para a Covid-19 mas que “é feito historicamente”, dando o exemplo da vacina contra a hepatite, pólio, sarampo ou rubéola. Os cientistas consultados pela publicação afirmam que alguns programas de imunização contra o vírus Ébola envolvem a mistura de doses diferentes, com o intuito de melhorar a proteção do paciente.
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