O primeiro grande estudo independente sobre a vacina produzida pela Pfizer/BioNTech concluiu que esta é altamente eficiente na prevenção do coronavírus, apresentando uma eficácia de 94% após as duas doses em todas as faixas etárias e com comorbilidades associadas, indica a “Reuters”.
O estudo realizado em Israel, o país que já vacinou grande parte da população, é considerado o primeiro “no mundo real” em que as condições não são especificamente controladas e onde existem variáveis imprevisíveis que podem afetar o resultado final. Os dados recolhidos na vacinação da população israelita mostram que uma única dose da vacina da Pfizer, em 1,2 milhões de cidadãos, tinha uma eficácia de 57% na proteção contra a infeção após um período de duas semanas.
O resultado desta análise no mundo real foi o que mais se aproximou da eficácia de 95% identificada pelas farmacêuticas responsáveis pela produção desta vacina.
“Ficámos surpreendidos porque esperávamos que num cenário de mundo real, onde a cadeia de armazenamento no frio não é mantida em condições perfeitas e a população é mais idosa e doente, os resultados não fossem tão bons como nos ensaios clínicos controlados”, apontou o responsável do estudo, Ran Balicer, à “Reuters”.
“Mostrámos que a vacina é eficaz em faixas etárias distintas, nos jovens e nos idosos, naqueles sem comorbilidades e com algumas comorbilidades”, sustentou Balicer. O estudo conduzido em Israel mostrou ainda que a vacina em questão é eficaz contra a variante britânica, uma vez que era a variante dominante quando o estudo estava a ser realizado, apesar de não apresentar uma taxa específica de eficácia.
Até à data, mais de metade dos nove milhões de israelitas já receberam a primeira dose da vacina, enquanto um terço da população já foi inoculada com as duas doses. O processo de vacinação em Israel iniciou-se no dia 19 de dezembro.
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