O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, considerou ser prematuro marcar férias de Verão fora das ilhas britânicas, argumentado que os turistas britânicos correm o risco de trazer variantes resistentes às vacinas das suas viagens ao estrangeiro e, assim, prejudicar os esforços da campanha de vacinação.
Em entrevista à imprensa britânica, o governante referiu: “Não podemos pôr em perigo os ganhos da nossa campanha de vacinação”. “Se fôssemos imprudentes e importássemos novas variantes que comportam riscos, como reagiriam as pessoas?”, reforçou.
Metade dos adultos no Reino Unido já recebeu, pelo menos, uma dose da vacina contra a covid-19, colocando o país no pelotão da frente no que diz respeito à vacinação, superando outras grandes economias e os países da União Europeia, onde a administração de vacinas tem sido mais lento e algo caótico.
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“Apesar de o Reino Unido estar quase na liderança mundial nas taxas de vacinação – mais de metade da população adulta [está vacinada] – é mesmo importante que não importemos novas variantes que possam minar todo o duro trabalho feito”, acrescentou, informando que o próprio não marcou férias de verão por estar a aguardar uma resposta das autoridades de saúde.
“Não podemos ser surdos e cegos ao que se está a passar fora do Reino Unido. Se olharem para a Europa, as infecções têm aumentado”, acrescentou Wallace.
O apelo chega numa altura em que um dos cientistas que aconselham o executivo alertou para o aumento dos riscos de contágios caso os residentes britânicos comecem a viajar para o estrangeiro. Este alerta preocupa atualmente as companhias aéreas e agências de viagens que temem que este seja o segundo verão consecutivo em que o setor do turisto fica parado.
“Penso que as viagens internacionais este Verão vão ser, infelizmente, para o turista normal, extremamente improváveis”, disse Mike Tildesley à “BBC”, este sábado.
De acordo com o cientista, o Reino Unido estaria a arriscar-se muito se as pessoas começassem a viajar para o exterior, porque poderiam trazer variantes da covid-19 para as ilhas britânicas que poriam em risco o programa de vacinação.
“Estaremos a correr um verdadeiro risco se começarmos a ter muitas pessoas a ir para o exterior em Julho e Agosto, por exemplo, por causa do potencial de trazer mais dessas novas variantes [do vírus] para o país”, explicou Tildesley.
Para o cientista, há um “verdadeiro perigo” de “comprometer a campanha de vacinação ao ter estas novas variantes, para as quais as vacinas não são tão eficazes, que se espalham mais rapidamente”.
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