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Portugal continental está na zona verde da matriz de risco de Costa. Apenas os Açores têm R superior a 1

Desde a última reunião, a taxa de incidência nacional subiu para 0,89. Embora esta subida possa estar associada ao plano de desconfinamento faseado, Baltazar Nunes indicou que “ainda não é possível observar o efeito” da reabertura das cresces e do ensino do primeiro ciclo na taxa de incidência.
Rafael Marchante/Reuters
23 Março 2021, 10h48

Olhando para os dados sobre o risco de transmissibilidade (R) da Covid-19, pode-se concluir que a média nacional, a 5 dias, situa-se nos 0,89, comparativamente ao período da última reunião quando estava nos 0,74. Quanto à taxa incidência do vírus do país, nos últimos 14 dias, está no nível entre os 60 e os 120 casos por cem mil habitantes. Simplificando, se nos recordámos do gráfico apresentado por António Costa, todas as regiões do país situam-se na zona verde da matriz de risco.

Embora esta subida possa estar associada ao plano de desconfinamento que entrou em vigor no passado dia 15 de março, Baltazar Nunes do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, indicou que “ainda não é possível observar o efeito” da reabertura das cresces e do ensino do primeiro ciclo, anunciado na semana passada.

“Valor do R tem vindo a aumentar”, diz Baltazar Nunes, durante a sua apresentação na reunião, desta terça-feira, no Infarmed, acrescentando que este aumento é “natural” e que reflete a redução do número de casos. “É natural que haja o abrandar da velocidade de decréscimo, embora também tenha os seus riscos”, avisa. De momento, apenas os Açores têm R superior a 1 no território nacional, diz.

Quanto aos grupos etários mais afetados, as pessoas entre os 20 e os 30 anos tornaram-se no grupo com mais incidência, tendo destronado o grupo das pessoas com 80 ou mais anos que, até então, eram o grupo mais afetado.

No que toca à mobilidade, esta registou um aumento em comparação com outros países. “Portugal deixou de ser o país com maior redução de mobilidade, que tinha a 2 de março”. Os países com maior mobilidade continuam a ser os do Norte da Europa.

Relativamente aos internamentos em cuidados intensivos, o país atingiu os objetivos traçados ainda antes do projetado. “A redução foi sempre mais acentuada”, diz Baltazar Nunes. Mas em relação às incidências, estabilizou e “atualmente já não se prevê que a incidência chegue aos 60 casos por cem mil habitantes no final de março”.

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