A propagação do coronavírus no mundo continua a aumentar. Existem mais de 113,754 pacientes infetados por todo o mundo e 3,990 mortes, sendo que a China continua a representar o maior número de casos confirmados, cerca de 80,739 e 3,120 vítimas mortais segundo mais recente balanço.
Itália representa, para já, o maior foco a nível europeu com 9,172 casos confirmados, disputando o segundo lugar de países com maior número de casos com a Coreia do Sul (7,478 infetados). No país italiano, o número de mortos subiu de 233 para 463 — a maior subida do número de mortos desde o início do surto naquele país e aumento de 57% em apenas 24 horas. A situação adversa em Itália levou a que o Governo português desaconselhasse as viagens até àquele país, cujo governo proibiu saídas e entradas na maior parte do Norte — colocando em quarentena cerca de 16 milhões de pessoas.
Depois da Coreia do Sul e de Itália, surge o Irão com 7,161 casos confirmados e 237 mortes, a França com 1,209 pacientes infetados e 21 vítimas fatais, a Alemanha com 1,176 confirmações e duas mortes e a fechar a casa dos mil surge Espanha com 1,073 casos confirmados e 28 mortes. Todos os países da União Europeia registam casos confirmados.
Apesar do ritmo da propagação não mostrar sinais de acalmar, mais de metade dos infetados receberam alta hospitalar. De acordo com os valores do Worldomerts, 62,832 pessoas receberam ‘luz verde’ por parte das autoridades de saúde desde o ínicio do surto, em dezembro.
Transações na bolsa de Nova Iorque foram suspensas por 15 minutos
As transações na bolsa de Nova Iorque foram suspensas por 15 minutos depois de o índice S&P 500 (que representa as 500 grandes empresas de Wall Street) ter registado, no início da sessão, uma queda de 7% devido ao pânico associado às consequências económicas do novo coronavírus.
A descida de 7% do índice S&P 500 leva automaticamente a um mecanismo de interrupção temporária das transações. Se o índice chegar a uma queda de 13% haverá uma segunda interrupção de 15 minutos.
No momento da interrupção, o índice Dow Jones Industrial Average recuava 7,29% e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, perdia 6,86%.
Após o recomeço da sessão, os três principais índices continuaram com quedas da ordem dos 7%, com o Dow Jones a ceder 7,48%, uma descida de 1.933,88 pontos.
Petróleo em queda livre afunda mais de 30%. É a maior queda desde a Guerra do Golfo
A cotação do petróleo esteve em queda livre nos mercados, esta segunda-feira.
O preço do barril recuou mais de 30% e negociou a 31,02 dólares. É a maior queda desde a Guerra do Golfo, em 1991. A Arábia Saudita anunciou que vai produzir mais petróleo e cortar os preços. Depois do falhanço nas negociações para convencer a Rússia a juntar-se aos cortes de produção programados na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Arábia Saudita decidiu avançar com uma estratégia que está a lançar o mercado petrolífero num caos.
Irão libertou condicionalmente 70 mil reclusos
As autoridades iranianas libertaram condicionalmente até ao momento cerca de 70 mil reclusos como medida para evitar a propagação do novo coronavírus, que no Irão provocou a morte de 237 pessoas. O Ministério da Saúde informou esta segunda-feira que 7.161 pessoas estão infetadas com o novo coranavírus, confirmando 595 novos contágios, em todo o país.
O mesmo responsável afirmou que os tribunais estão a “gerir” de forma rápida os casos que envolvem acusados que estão a lucrar com a venda de material médico como máscaras hospitalares e desinfetante.
FIFA e confederação asiática adiam jornadas de apuramento para Mundial
A FIFA e a Confederação Asiática de Futebol (AFC) acordaram em adiar duas jornadas da fase de qualificação asiática para o Mundial do Qatar de 2022 devido à epidemia Covid-19.
“Em concordância com as federações membro e sempre que a segurança de todas as pessoas cumpra as normas exigidas e as federações em causa estejam conforme, será possível disputar os jogos durante aqueles períodos internacionais de março ou junho, com a aprovação prévia da FIFA e da AFC”, pode ler-se no comunicado emitido pelas duas organizações, referindo-se às datas FIFA de 23 a 31 de março e de 1 a 9 de junho.
Governo espanhol anuncia plano de choque
As autoridades espanholas elevaram para 999 o número de casos confirmados de contaminação com o novo coronavírus, no dia em que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, anunciou que o Governo lançará “o mais breve possível” um plano de choque contra a epidemia.
O chefe de Governo pediu “unidade, serenidade e estabilidade” perante o surto do Covid-19.
Pedro Sánchez, que presidiu na manhã de hoje à comissão de monitorização do novo coronavírus, exigiu que todos os cidadãos sigam estritamente as indicações, “como já estão a fazer”, e que ouçam atentamente as recomendações de saúde prescritas nas comunidades autónomas.
“Essa causa não distingue ideias ou cores”, disse Sanchez, que defendeu a gestão do Governo diante desta crise de saúde, enfatizando que a Espanha tem um sistema de saúde robusto e dotado de profissionais “excelentes”.
FMI defende “resposta internacional coordenada”
Os governos devem dar “uma resposta internacional coordenada” para atenuar o impacto económico da epidemia de coronavírus, defendeu hoje a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), sugerindo a adoção de medidas orçamentais, monetárias e financeiras “importantes”.
Para ajudar as famílias e as empresas afetadas, Gita Gopinath preconizou ajudas diretas e medidas de alívio fiscal.
Num texto divulgado pelo FMI, Gopinath sublinhou a importância de apoiar a economia durante a epidemia para manter “intacta a rede de relações económicas e financeiras entre trabalhadores e empresas, entre credores e devedores, entre fornecedores e utilizadores para permitir uma recuperação quando a epidemia desaparecer”.
A economista refere que o desafio é “impedir que uma crise temporária cause danos irreparáveis a pessoas e empresas devido a perdas de empregos e falências”.
Os custos humanos do coronavírus aumentaram “a um ritmo alarmante”, notou, acrescentando que o impacto económico é “já visível” nos países mais afetados.
Trump apela para que a “economia continue”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que “a vida e a economia” devem continuar na sua normalidade face ao ao surto de coronavírus que já infetou 566 pessoas e matou outras 22.
“Então, no ano passado, 37.000 americanos morreram da gripe comum. A média é de 27.000 e 70.000 por ano. Nada vai parar, a vida e a economia devem continuar. De momento existe 546 casos confirmados de coronavírus e 22 mortes. Pensem nisso!”, escreveu o presidente norte-americano.
So last year 37,000 Americans died from the common Flu. It averages between 27,000 and 70,000 per year. Nothing is shut down, life & the economy go on. At this moment there are 546 confirmed cases of CoronaVirus, with 22 deaths. Think about that!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 9, 2020
OMS declara que “risco de uma pandemia tornou-se bastante real”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu uma conferência de imprensa, esta segunda-feira, onde o diretor-geral Tedros Ghebreysus reconheceu que foi ultrapassada a barreira dos 100 mil casos em todo o mundo neste fim-de-semana. Porém, deixou uma mensagem encorajadora:
“Agora que o coronavírus já tem um pé dentro da porta de tantos países, o risco de uma pandemia tornou-se bastante real. Mas esta seria a primeira pandemia na História que poderia ser controlada. No fundo, a ideia principal é: não estamos à mercê deste vírus.”
"We’re encouraged that #Italy ?? is taking aggressive measures to contain its #COVID19 epidemic, and we hope that those measures prove effective in the coming days"-@DrTedros #coronavirus
— World Health Organization (WHO) (@WHO) March 9, 2020
A OMS destacou ainda que a tendência de expansão do vírus está a ser controlada em vários países. Na China e na Coreia do Sul, já um “decréscimo de novos casos”. “Dos 80 mil casos registados na China, mais de 70% recuperaram e já tiveram alta”, destaca Tedros Ghebreysus.
Itália é um dos países onde a epidemia está mais descontrolada, razão pela qual a OMS afirma que encorajou o país a “tomar medidas agressivas para conter o Covid-19” e que espera que essas medidas “se revelem eficazes nos próximos dias”.
“Que a esperança seja o antídoto do medo”, apelou a OMS.
Ryanair cancela mais voos para Itália após imposição do Governo
A Ryanair cancelou novos voos de e para Itália, bem como dentro deste território, na sequência do bloqueio imposto pelo Governo do país perante o desenvolvimento do novo coronavírus.
“A Ryanair anunciou hoje novos cancelamentos na sua programação de voos de/para Itália, e dentro do território italiano, devido ao bloqueio de viagens imposto pelo Governo italiano, durante o passado fim-de-semana de/para a zona laranja no Norte da Itália, além das restrições impostas por vários países da União Europeia que restringem os voos de/para o Norte de Itália com efeito imediato”, apontou, em comunicado, a companhia aérea irlandesa.
As novas suspensões aplicam-se desde a meia noite de 10 de março (terça-feira) à meia noite de 8 de abril em todos os voos domésticos italianos de e para Bergano, Malpensa, Parma e Treviso.
Por outro lado, desde a meia noite de 12 de março até à meia noite de 8 de abril, a Ryanair vai reduzir os voos internacionais de e para Bergano, Malpensa, Veneza, Parma, Rimini e Treviso, sendo que “apenas serão operados às sextas-feiras, sábados, domingos e segundas-feiras”.
As rotas com mais frequências diárias, por exemplo Stansted-Malpensa, passam agora a estar reduzidas a um voo diário.
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