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Covid-19: Conselho de Escolas sauda encerramento das escolas

O presidente do Conselho das Escolas saudou a decisão do Governo de suspender as aulas a todos os alunos do ensino público e privado.
12 Março 2020, 22h47

O presidente do Conselho das Escolas saudou hoje a decisão do Governo de suspender as aulas a todos os alunos do ensino público e privado, lembrando que a medida se baseia em orientações médicas europeias.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que as creches e escolas do ensino básico ao superior vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, para tentar conter o surto de Covid-19. A medida será reavaliada a 09 de abril.

“Defendo que na base de qualquer destas decisões devem estar critérios e informações médicas. Se há organizações médicas portuguesas ou europeias que defendem que é a melhor solução para o presente momento então nada tenho a opor”, afirmou o presidente do Conselho das Escolas, José Eduardo Lemos, lembrando que hoje houve “orientações médicas europeias nesse sentido”.

A medida vai atingir mais de dois milhões de alunos: Só no ensino pré-escolar estão inscritas cerca de 240 mil crianças, no ensino básico e secundário são quase 1,4 milhões e nas instituições de ensino superior perto de 373 mil alunos. A estes juntam-se ainda as crianças das creches.

O primeiro-ministro falou na hipótese de os alunos poderem continuar a aprender à distância durante o período de isolamento.

No entender de José Eduardo Lemos a solução poderá ser difícil de pôr em prática em algumas situações, já que nem todos os professores e alunos têm os meios técnicos necessários ao seu dispor.

“Penso que será difícil ou pouco exequível poder oferecer todas as aulas à distância, mas qualquer esforço que seja feito parece-me positivo”, disse em declarações à Lusa o presidente da instituição que é um organismo consultivo do ministério da Educação.

A possibilidade de antecipar em cerca de duas semanas as férias escolares da Páscoa foi defendida esta semana pelo presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira. Um cenário também admitido no início da semana pelo primeiro-ministro, que remeteu sempre a decisão para o Conselho Nacional de Saúde Pública.

Desde segunda-feira começaram a encerrar algumas escolas básicas e secundárias assim como estabelecimentos de ensino superior.

Na quarta-feira, o Conselho Nacional de Saúde Pública recomendou que só fossem encerradas escolas por determinação das autoridades de saúde, uma proposta que a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, considerou fazer sentido.

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