A queda da atividade económica em França devido às medidas para enfrentar a pandemia da covid-19 e ao confinamento da população, ronda os 35%, face ao que seria o normal, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística francês (INSEE).
Num comunicado em que insistiu no facto de todos os seus cálculos serem estimativas, devido às circunstâncias excecionais em que os dados foram recolhidos e os cálculos realizados, o INSEE refere que um confinamento de um mês conduzirá a uma queda de três pontos percentuais no Produto Interno Bruto anual (PIB).
Do lado da produção, a queda na atividade é particularmente severa na construção civil (89%), na indústria (52%) e nos serviços abertos à concorrência (36%).
A contração é muito mais suave na agricultura e na indústria agroalimentar, de 4%, segundo o INSEE.
Em relação ao consumo dos particulares, o instituto de estatística calcula que se situe em torno dos 35%, realçando também quedas entre 90% e 100% no caso do material de transporte e têxtil e vestuários, sendo que a contração rondará os 55% nos serviços de restauração, alojamento e transportes.
A este nível, o consumo de água e eletricidade têm-se mantido e a procura de produtos farmacêuticos subiu 5%, enquanto os alimentos e os produtos agroalimentares registam uma subida de 6%.
O INSEE explicou ainda que o clima de negócios caiu 10 pontos em março, a maior queda desde que foi criada, em 1980, a série mensal deste indicador, que se situou 95 pontos, ou seja, abaixo dos 100 pontos que é o valor da média a longo prazo.
A queda é de 14 pontos nos serviços, de 13 no comércio a retalho, de cinco pontos no comércio grossista e de três pontos na indústria.
As autoridades em França decretaram, a partir de 17 de março, o confinamento obrigatório da população.
Na quarta-feira tinham sido declaradas infetadas 25.233 pessoas, sendo que o número de mortos totalizava 1.331, mais 231 mortos que no dia anterior.
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