A Proteção Civil italiana divulgou, esta sexta-feira, o novo relatório epidemiológico que dá conta de mais 766 mortes nas últimas 24 horas, mais seis óbitos do que tinha sido registado ontem quando se reportaram 760 mortes. Ao todo, o país regista agora 14.681 vítimas mortais por causa do novo coronavírus.
Quanto ao número de novos casos confirmados, as autoridades de saúde registam um abrandamento, informando a existência de 4.585 novas infenções, menos 143 do que ontem. Só na região da Lombardia, a mais afetada do país, a Proteção Civil registou mais 1.381 pacientes infetados e 351 mortes. Segundo as autoridades de saúde regionais, trata-se de uma evolução positiva. Na quinta-feira, o número de mortes tinha sido de 387; e na quarta-feira havia sido de 482.
As autoridades informam ainda que existem 4.068 pacientes internados nas unidades de cuidados intensivos e outros 52.579 a recuperar em casa.
Em termos de casos recuperados, as autoridades registaram esta sexta-feira que existem já 19.758 pacientes que receberam alta hospitalar desde o inicio do surto a 21 de fevereiro.
Com base nos dados, Itália volta a subir na tabela de países com mais infenções – situando-se à frente de Espanha e atrás dos Estados Unidos – e continua a liderar em termos de mortalidades.
Os número chegam numa altura em que as autoridades italianas anunciaram que as medidas de confinamento deverão prolongar-se até dia 2 de abril.
Em declarações à rádio RAI1, Angelo Borrelli, que é o responsável pela comunicação diária dos boletins sobre a pandemia, reiterou a necessidade de continuar a ter um “comportamento extremamente rigoroso” e considerou que “o coronavírus mudará a abordagem em relação aos contactos humanos e interpessoais”. “Teremos de manter distância por algum tempo”, defendeu.
Em relação à “fase dois” anunciada pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que consistirá na abertura gradual das atividades, Borrelli especificou que ela só poderá começar a partir de 16 de maio. “Temos de aplicar medidas firmes e cautelares, porque a possibilidade de regresso do vírus não está excluída, como demonstram as novas medidas na China”, explicou.
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