A tecnologia na indústria portuguesa e o papel da reindustrialização na recuperação da crise causada pela pandemia de Covid-19 foi o foco do debate na Web Talk “Indústria”, organizada pelo Jornal Económico em parceira com a Huawei, no âmbito do ciclo ‘A Step Into de Future’, no mês de julho, em que o diretor da Startup Portugal, João Borga explicou como é que o ecossistema das pequenas empresas de rápido crescimento têm ajudado a desenvolver a tecnologia na indústria portuguesa.
Para João Borga, as startup representam capacidade de desenvolver produtos mais acessíveis e de produção mais rápida, com maior facilidade de transposição para o mercado. “Ou seja, estas startups são pequenas equipas – quase como se fossem task forces ou equipas de implementação rápida – que trazem para a indústria tecnologias que normalmente demorariam anos e anos a implementar”.
As startups InfraSpeak e a ProdSmart foram os exemplos a que João Borga aludiu. A primeira, foi criada “há três ou quatro anos” e desenvolve soluções da indústria para a indústria, estando hoje a trabalhar já em “60 mil edifícios”.
Já a ProdSmart “digitaliza os processos da própria indústria, pega numa indústria tão tradicional como o têxtil e digitaliza pequenos indicadores o processo de produção”.
O responsável pela Startup Portugal explicou que “este tipo de inovação, de rapidez e de agilidade que as startups trazem para a indústria é muito benéfico, porque permite de uma forma barata dar um salto quantitativo e mostrar o que é a evolução da própria indústria em pouco tempo”.
Por outro lado, o sucesso das startups baseia-se em jovens “que acabaram de sair das universidades” e que “têm muito conhecimento” nas suas mãos e que “dedicaram muito tempo para resolver um problema bicudo, mas muito circunscrito”, elucida.
Por isso, no âmbito da inovação tecnológica na indústria portuguesa e o papel da indústria na reindustrialização, tendo em vista a recuperação da crise causada pela pandemia de Covid-19, as startups representam “soluções que, normalmente, não estariam internamente disponíveis nas empresas ou que sairiam muito mais caras a serem desenvolvidos pelos grandes operadores internacionais”.
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