A cada 17 segundos, morre na Europa uma pessoa por Covid-19.
O alerta foi dado pela Organização Mundial de Saúde, esta quinta-feira, que informou que a pandemia continua a alastrar-se a níveis preocupantes e a pressionar os sistemas nacionais de saúde um pouco por todo o mundo.
Dos 53 países que compõem a unidade europeia da OMS, já foram registados mais de 15,7 milhões de casos confirmados — mais de quatro milhões só este mês — e cerca de 335 mil mortes desde o inicio da pandemia.
Quanto à taxa de incidência, o órgão de saúde pública mundial informa que mais de 80% dos países registaram, nos últimos 14 dias, uma incidência superior a 100 por 100 mil habitantes. De acordo com Hans Kluge, cerca de um terço dos países do mundo acumulam uma taxa superior a 700 por cada 100 mil habitantes durante o mesmo período.
“Como resultado, estamos a ver um aumento dos sinais relacionados com sistemas de saúde sobrecarregados”, disse durante a conferência de imprensa desta tarde, acrescentando que as unidades de cuidados intensivos em França atingiram 95% da capacidade num espaço de 10 dias, enquanto que Suíça os hospitais estão sobrelotados.
Apesar de tudo, as medidas mais restritivas decretadas pelos governos já começam a dar frutos. Na semana passada, o número de casos confirmados caiu para 1.8 milhões depois de na semana anterior terem sido confirmados mais 2 milhões de diagnósticos por Covid-19 no mundo inteiro.
Vacinas “não são uma bala de prata”
As recentes notícias que dão conta da eficácia das vacinas contra a Covid-19, embora sejam animadoras e representem uma “grande esperança nesta guerra contra o vírus”, não serão a solução para que a disseminação do vírus fique controlada. Nem isso, nem os confinamentos.
“Os confinamentos são evitáveis, mantenho a minha posição de que são uma medida de último recurso. O uso de máscara não é de modo algum uma panaceia e precisa de ser feito em combinação com outras medidas. No entanto, se o uso de máscara atingisse os 95%, os confinamentos não seriam necessários”, afirmou Kluge em conferência de imprensa.
O responsável referiu que alguns sistemas de saúde estão a ser muito pressionados na Europa, onde morreram mais de 29 mil pessoas com covid-19 na semana passada. “A Europa é mais uma vez o epicentro da pandemia, juntamente com os Estados Unidos. Há luz ao fundo do túnel, mas serão seis meses difíceis”, considerou.
Quanto às escolas primárias, Kluge defende que devem manter-se abertas, porque as crianças não estão a aumentar a propagação do novo coronavírus. Relativamente às “notícias encorajadoras” sobre as vacinas para a covid-19, o responsável da OMS alertou que “não são uma bala de prata”, porque “a oferta será limitada, particularmente no início”.
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