Em Portugal 85% das empresas do setor industrial aceita prazos de pagamento mais alargados, enquanto na Europa apenas 11% aceita. Estes números constam no “EPR 2017 Industry White Paper”, estudo da Intrum Justitia que inquiriu mais de 10 mil empresas de 29 países europeus.
Apesar de se focar na indústria, o estudo não deixa de sublinhar que os prazos de pagamentos mais alargados estão a ter consequências negativas para as empresas de todos os setores, sendo que alguns setores são mais vulneráveis aos atrasos de pagamentos do que outros.
A questão do “pagamento tardio” no setor da indústria, segundo esclarece Luis Salvaterra, diretor geral da Intrum Justitia, é “comum” e é possível verificar, por um lado, um aumento do risco por toda a Europa e, por outro, da pressão para que as empresas aceitem prazos de pagamento mais longos. “Uma situação que, a manter-se, é preocupante e os atrasos de pagamentos têm várias consequências negativas na estabilidade e saúde financeira das empresas”, reforça o responsável.
No setor da Indústria, o prazo médio de pagamento concedido ao setor público em Portugal é 50% superior ao da Europa, e mesmo assim, o prazo médio de pagamento é largamente ultrapassado, com uma demora em média de 106 dias para liquidar as suas dívidas, uma média bem superior à da Europa que demora apenas 49 dias.
Sobre as principais causas dos atrasos de pagamento, 72% das empresas europeias pesquisadas apontam as dificuldades financeiras e 63% indicam o atraso de pagamento intencional como uma das principais causas e quase um quarto das empresas de todos os setores analisados garante que um pagamento mais célere permitiria investir na criação de novos postos de trabalho.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com