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A chave de uma cultura orientada para os dados

Os dados e a análise nunca foram tão críticos para a resiliência digital e a sobrevivência dos negócios como hoje. Mais do que a entrega de dados e análises aos utilizadores, há que transmitir conhecimentos acionáveis para conduzir a tomada de decisões, automatizar processos de forma eficiente e colaborar eficazmente.
24 Maio 2022, 07h55

 

Uma empresa data driven ou intelligent driven é uma organização capaz de identificar, capturar e analisar diferentes tipos de dados para extrair insights, usando-os para fomentar o crescimento, a inovação, a velocidade no mercado e acelerar a eficiência de custos.

Assim, uma intelligent driven organization é, na sua essência, capaz de tomar melhores decisões e decisões mais rápidas, detetar (e prever) novas tendências de mercado, ganhando vantagem competitiva, identificar oportunidades de crescimento do negócio – com novas linhas de produtos e serviços – e oportunidades de melhoria na experiência do cliente. São organizações que apostam fortemente na inovação e transformação dos seus negócios combinando e democratizando dados e inteligência artificial, cloud computing e processos ágeis para entregar valor acrescentado aos seus clientes.

Mas o caminho para uma empresa se tornar data driven não é isento de desafios. Segundo o estudo AI Adoption in the Enterprise, a cultura, qualidade dos dados, falta de colaboradores com competências técnicas e dificuldade para identificar os melhores use cases são os principais obstáculos apresentados pelas organizações no seu caminho para se tornarem intelligent driven.

Atualmente, as organizações orientadas a dados ainda representam uma minoria no mercado global, apesar da aceleração da pandemia e do advento de tecnologias como big dataanalytics. A maioria das empresas adota uma abordagem fragmentada e em silos para ferramentas e dados analíticos, o que se correlaciona com a diminuição do sucesso dos negócios.

De acordo com um estudo da Deloitte, apenas 37% dos gestores acreditam que as suas empresas sejam orientadas por insights retirados de dados e 10% acredita que as suas empresas estão no quartil mais elevado de maturidade de Intelligence Driven Organizations. Contudo, 70% espera que a análise de dados ganhe importância para os negócios nos próximos anos.

A Microsoft é, em si mesmo, exemplo de uma organização que está a fazer este caminho, e muito do que partilhamos com os nossos clientes e parceiros resulta da nossa própria experiência e do que aprendemos. Para que as organizações aproveitem totalmente os insights dos seus dados e os incorporem às decisões e ações de forma transversal, é necessária uma combinação de vários fatores.

Primeiro, devemos ter uma estratégia executiva e uma cultura orientada pelos dados, colocando-os no centro de tudo o que fazemos. Os líderes devem ser os primeiros a tomar decisões baseadas em dados, motivando a responsabilização das suas equipas através da ligação das medidas de sucesso aos comportamentos corretos.

As organizações devem, também, compreender a necessidade da gestão de mudança, instituindo uma cultura de descoberta, lançamento de pilotos e escala para posterior transformação. A cultura não se muda por decreto, nem tão pouco são as organizações a mudar, são os colaboradores que o fazem.

Em seguida, as ferramentas tecnológicas certas, tanto de negócio como de governance, devem ser implementadas em toda a organização. Por exemplo, o Microsoft Purview, solução de gestão de dados unificada que acabámos de anunciar, permite gerir os dados das organizações, respondendo inclusive a cenários de descentralização do local de trabalho.

A execução da transformação digital tem, também, de ser possibilitada por um modelo operacional ágil, ao nível de governance – assegurado pela segurança, compliance e ética – e das operações – através de modelos de DevOps, MLOps, DataOp. E, finalmente, é crucial que a empresa identifique cenários de negócio futuros ou casos de uso para concretizar a adoção e estimular uma cultura orientada para os dados.

Mas não basta recolhermos e tratarmos os dados, há que apostar na definição de métricas e objetivos claros baseados em resultados para melhorar a utilização (e inteligência) dos mesmos. Recentemente, anunciámos o Viva Goals, o novo módulo do Microsoft Viva, no qual pretendemos precisamente apoiar a definição e gestão dos objetivos de negócio (OKRs) das organizações. Esta nova oferta permitirá às equipas concentrarem-se nas prioridades estratégicas do negócio e impulsionar resultados, numa experiência integrada com os sistemas de suporte ao bem-estar, envolvimento e crescimento dos seus colaboradores.

Em suma, uma boa estratégia de utilização e medição dos dados impulsiona o resultado dos negócios, mas a chave reside sempre na transformação e adaptação da cultura das organizações. Também a comunicação clara e liderança das organizações são críticas para esta transformação e permitem uma maior abertura à experimentação a partir de abordagens mais ágeis e flexíveis. Uma vez moldada, a cultura orientada para os dados, permite-nos possibilidades ilimitadas nas organizações, seja ao nível dos processos, produtos, serviços e modelos de negócio.

 

 

 

 

 

Abel Aguiar

 Diretor Executivo para Canal e Parceiros da Microsoft Portugal

 

 

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a Microsoft.

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