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“Admitimos ir para a rua. Se começarmos greves são para durar”, diz presidente do STI

Sem a valorização das carreiras inspetivas, os trabalhadores do fisco admitem ir também para a rua com greves e manifestações que serão para durar, revela o líder do STI. Sinaliza ainda carência recursos, temendo que só com alteração na gestão de topo da AT haverá melhorias. E alerta para a falta de investimento estratégico no combate à fraude e à evasão fiscal.
10 Maio 2024, 10h30

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) sinalizou estar desiludido e preocupado com o programa do governo. Esta é uma área profissional que não está a merecer atenção do Executivo?
Muito desiludidos. A desorganização na AT é total. O percurso na carreira é defraudado por decisões arbitrárias e geradoras de conflitualidade interna e jurídica, e a desvalorização das nossas carreiras inspetivas é muito acentuada. Ao contrário do que o governo fez em 2023 com outras carreiras do Estado, que nem têm o nosso rígido regime de incompatibilidades, no nosso caso, ficámos com uma tabela remuneratória pior do que a que existia no século passado.

Como avalia as tabelas salariais destas carreiras nucleares para as funções do Estado?
O governo veio a público dizer em 2022 que teria de valorizar a carreira geral de técnico superior porque as carreiras especiais já tinham sido valorizadas com as revisões de carreiras feitas em anos anteriores. Lamentavelmente isso não é verdade. Se é verdade que algumas carreiras especiais foram valorizadas nesses processos, as carreiras inspetivas da AT não foram. Antes pelo contrário, foram desvalorizadas e isto é fácil de demonstrar.

Defendeu que para o governo “só quem faz barulho é que merece atenção”. Considera que estão a ser tratados como função menor do Estado?
Claramente. Basta verificar que todos os ministros chamaram os sindicatos das carreiras que tutelam e a nós ninguém nos contactou. Tomámos a iniciativa de pedir uma reunião urgente que se realizou nesta quinta-feira. A AT executa funções nucleares do Estado, seja enquanto autoridade, seja no apoio às famílias e às empresas, e está a ser tratada como irrelevante no discurso dos políticos em geral e do governo em particular.

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