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Agência Europeia do Medicamento conclui que vacina da AstraZeneca “é segura e eficaz” (com áudio)

EMA reitera confiança no fármaco desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, argumentando não haver ligação entre a vacina e as reacções adversas raras reportadas. Regulador está ainda a investigar a fundo os efeitos da vacina e apela a que todas as pessoas que tenham efeitos secundários os reportem.
REUTERS
18 Março 2021, 16h12

A Agência Europeia de Medicamento (EMA) determinou que a vacina contra o coronavírus AstraZeneca é segura, apesar de algumas preocupações sobre os possíveis efeitos colaterais.

O anúncio surge esta quinta-feira à tarde depois de mais de uma dúzia de países da União Europeia (UE) ter decidido suspender a administração do fármaco da AstraZeneca, que foi desenvolvida com a Universidade de Oxford, após relatos de coágulos sanguíneos. Segundo a Reuters, até ao dia 10 de março tinham sido relatados 30 casos de eventos tromboembólicos.

A EMA concluiu que os benefícios da vacina da AstraZeneca – perante a qual os Estados-membros não atuaram de maneira uniforme – superam os riscos e não encontrou problemas nos lotes ou com a qualidade com do fármaco, embora não tenha descartado definitivamente uma ligação com os incidentes de coágulos sanguíneos (tromboses).

“Ainda existem algumas incertezas”, admitiu Sabine Straus, diretora do comité de risco de farmacovigilância do regulador europeu do medicamneto. “O importante é referir que os casos reportados são raros”, destacou, em conferência de imprensa.

Já a diretora executiva da EMA garantiu que a vacina em causa “não está associada ao aumento do risco geral de evento de tromboembolismo ou coágulos“. No entanto, Emer Cooke diz que que com base nas informações disponíveis, “ainda não podemos descartar definitivamente a ligação entre estes casos [de coágulos] e a vacina”.

A responsável adianta que a agência está a fazer estudos e a investigar mais a fundo os efeitos da vacina e apela a que todas as pessoas que tenham efeitos secundários, que os reportem. Porém, reitera: “Esta vacina é uma opção segura e eficaz para proteger os cidadãos contra a Covid-19. Os riscos são inferiores aos benefícios”.

Até ao momento já foram vacinadas na União Europeia 7 milhões de pessoas com a vacina da AstraZeneca/Oxford, enquanto no Reino Unido esse valor sobe para os 11 milhões.

A EMA já tinha confirmado a confiança no fármaco no início desta semana, assegurando não haver “indicações de que a vacinação seja responsável por estes casos”. Na terça-feira, Emer Cook disse que não tinham sido “reportados sintomas semelhantes durante os ensaios clínicos, nem estes estão listados como possíveis efeitos secundários das várias vacinas”.

Também a Organização Mundial de Saúde tinha defendido a segurança e eficácia do fármaco e afirmado que, neste momento, os benefícios superam os riscos e que, por isso, recomenda que o “processo de vacinação continue”. “A vacinação contra a Covid-19 não irá reduzir doenças ou mortes por outras causas. Sabe-se que os eventos tromboembólicos ocorrem frequentemente. O tromboembolismo venoso é a terceira doença cardiovascular mais comum a nível mundial“, lembrou ontem a OMS.

Notícia atualizada

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