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António Costa sobre reunião com Estados-membros: “É evidente que este Conselho não vai decidir nada”

António Costa acredita que os diferentes Estados-membro vão atrasar decisões e radicalizar posições e “aquilo que Portugal irá fazer não é traçar linhas vermelhas, mas sinalizar vias verdes para haver um acordo o mais rapidamente possível”.
António Pedro Santos / Lusa
17 Junho 2020, 21h32

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu, durante reunião plenária, que o Conselho Europeu “não vai decidir nada”. “Já estando marcado um para o princípio de julho e já estando a admitir um segundo em julho, é evidente que este Conselho não vai decidir nada”, admitiu.

“Creio que na generalidade os países vão fazer algo que é contribuir para atrasar a decisão. Cada um vai radicalizar as suas posições para marcar território e aquilo que Portugal irá fazer não é traçar linhas vermelhas, mas sinalizar vias verdes para haver um acordo o mais rapidamente possível”, afirmou o primeiro-ministro sobre as expectativas em relação à reunião do Conselho Europeu, na sexta-feira, dia 19 de junho.

Sobre o montante de financiamento proposto no final de maio pela Comissão liderada por Ursula von der Leyen, António Costa pediu para “olhar para o conjunto de instrumentos que nós temos”.

Além de referir o quadro plurianual, o primeiro ministro lembrou que sobre esta verba ” é criado um fundo de recuperação com 750 mil milhões a esses 750 é preciso ter em conta que são criadas 3 linhas de financiamento, que já foram aprovadas já no âmbito do Euro grupo que criam mais 40 mil milhões de linhas de financiamento de segurança”.

“O ideal não existe. Se descontarmos todos os instrumentos financeiros, todas as linhas com base em empréstimos e olharmos exclusivamente para a dimensão das subvenções significa um reforço de 37,9% relativamente ao que foi o atual quadro financeiro”, completou António Costa.

O primeiro-ministro lembrou também que “aquilo que vamos ter é um orçamento que é 2% daquilo que é o rendimento nacional bruto da União Europeia e o mecanismo é criado através de emissão de dívida conjunta por parte da União Europeia”.

Quanto ao pagamento da dívida, António Costa admitiu que “ou criamos recursos próprios, impostos europeus que financiem o pagamento desta divida a 30 anos, a partir de 2028, ou então os Estados-membros terão que nas suas contribuições nacionais ter em conta que há estes encargo para pagar ao longo de 30 anos, também a partir de 2028”.

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