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APCOR satisfeita com isenção de tarifas para a cortiça

A cortiça obteve um cobiçado lugar no grupo dos produtos que conseguiram angariar taxas aduaneiras mais favoráveis para a produção que for vendida para o mercado interno norte-americano.
21 Agosto 2025, 16h15

A APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça “congratula-se com a inclusão dos produtos de cortiça na lista de isenções do mais recente acordo de tarifas alcançado entre os Estados Unidos da América e a União Europeia”. Em comunicado, a associação diz que “esta decisão representa o reconhecimento internacional da especificidade geográfica única da cortiça, cuja matéria-prima é produzida exclusivamente na bacia mediterrânica – com Portugal a assumir o papel de maior produtor mundial. A singularidade desta produção confere aos produtos de cortiça um caráter de exclusividade global, tornando extremamente complexa a deslocação dos atuais centros de produção europeus para eventuais dinâmicas de reindustrialização da economia americana”.

Recordando que os Estados Unidos são atualmente o quarto maior produtor mundial de vinho, com uma quota de cerca de 10% da produção global, “a ausência de alternativas locais ou internacionais capazes de substituir a rolha de cortiça reforça a importância estratégica destes produtos no mercado americano, em particular para a sua indústria vitivinícola”.

Sem fazer qualquer referência ao facto de o vinho nacional, que também costuma usar rolhas de cortiça e que não conseguiu um ‘lugar’ no grupo dos produtos isentos, a APCOR diz ainda que “a isenção de tarifas é determinante para inverter as recentes tendências das exportações portuguesas de cortiça, garantindo maior competitividade no acesso a um dos mercados mais relevantes para o setor. Face à elevada internacionalização da indústria, presente em todos os países produtores de vinho, não existe margem para uma estratégia de diversificação de mercados no curto e médio prazo, o que torna esta decisão especialmente relevante”.

“A APCOR agradece ao Governo de Portugal, à Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), à Embaixada de Portugal nos EUA e à delegação da AICEP nos EUA o empenho e contributo decisivos para alcançar este resultado”, refere ainda o comunicado.

“Este é um momento de enorme importância para a fileira da cortiça e para a economia nacional. A defesa dos interesses de um setor em que Portugal é líder mundial foi assegurada graças a um esforço conjunto e coordenado de várias entidades, permitindo reforçar a posição estratégica dos nossos produtos no mercado americano”, sublinha a APCOR.

 

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