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Apifarma: “Portugal deve apostar numa estratégia de testagem massiva e regular”

O presidenta da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica considera ainda que esta estratégia além de levar a uma diminuição dos impactos económicos, facilita o rastreamento de pessoas contaminadas e ajuda a controlar as cadeias de disseminação do vírus. 
9 Fevereiro 2021, 18h31

O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) considera que tendo em conta a atual capacidade de testagem e os diferentes tipos de testes disponíveis, Portugal devia apostar numa estratégia de testagem massiva como forma de controlar a propagação do vírus e as cadeias de transmissão.

“Se em março e abril tínhamos dificuldades de testagem, hoje em dia não temos problemas nenhuns, especialmente no que toca a testes rápidos”, garantiu João Almeida Lopes. “Faria sentido serem feitos [testes] com regularidade, com semana a semana de intervalo ou de 15 em 15 dias”, sugeriu, esta terça-feira, durante a sua intervenção na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença COVID-19 e do processo de recuperação económica e social.

O responsável considera que uma aposta na testagem massiva da população poderia trazer resultados significativos que contribuiriam para “regular quem está infetado, recuperado e manter a sociedade a trabalhar de forma a evitar paragens da atividade económica”, argumentou.

Almeida Lopes considera ainda que uma estratégia além de levar a uma diminuição dos impactos económicos, facilita o rastreamento de pessoas contaminadas e ajuda a controlar as cadeias de disseminação do vírus.

A proposta chega de numa altura em que o próprio primeiro-ministro, António Costa, e o epidemiologista Manuel do Carmo Gomes defenderam que a estratégia do aumento de testagem é “arma principal” no combate à pandemia de covid-19 e que deve evitar-se o confinamento.

No dia 22 de janeiro, Portugal registou um recorde de testes realizados: cerca de 77 mil realizados num só dia. Esse valor, ultrapassou a médica registada em dezembro, altura em que o país fez cerca de 34 mil testes por dia. De acordo com os dados do Instituto Ricardo Jorge, na terceira semana de janeiro, as unidades de saúde e laboratórios em Portugal realizaram 450 mil testes semanais.

Portugal situa-se neste momento em quinto entre os países da União Europeia que mais testes realizam por milhão de habitantes.

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