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AstraZeneca: vacina destinada a imunizar contra a variante sul africana deverá chegar este outono

Embora a primeira versão da vacina da AstraZeneca/Oxford não seja resistente contra a estirpe sul africana, especialistas e virologistas da instituição britânica garantem que uma nova versão eficaz contra esta estirpe chegará no quarto trimestre do ano.
  • AstraZeneca
7 Fevereiro 2021, 17h24

Depois dos resultados preliminares indicarem que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford poderá não ser eficaz contra a nova variante detetada na África do Sul, um virologista da instituição britânica garantiu que uma nova versão preparada para imunizar contra esta estirpe poderá chegar este outono.

À “BBC”, Sarah Gilbert afirma que “a nova vacina estará pronta no outubro”, sublinhando que a Universidade de Oxford “já está a trabalhar na primeira fase da produção que será, posteriormente, passada para outros membros da cadeia de produção” durante o período da primavera. Tudo para que entre outubro e dezembro o fármaco esteja preparado para ser distribuído.

A especialista afirma que ainda “este ano esperamos mostrar que a nova versão da vacina vai gerar anticorpos que reconheçam a nova variante”, sublinhando que o processo daqui para a frente será muito semelhante com as vacinas da gripe.

“Será muito parecido com o trabalho das vacinas contra a gripe”, continua. “s pessoas estarão familiarizadas com a ideia de que temos que ter novos componentes, novas variantes da vacina contra a gripe a cada ano que passa para acompanhar as novas estirpes vão estão circulando”, disse.

Embora esta vacina não seja resistente contra a variante detetada na África do Sul, os estudos preliminares indicam que a eficácia da vacina contra a variante britânica é de 75%. Esta taxa de eficácia é mais reduzida do que os 84% calculados para as variantes mais antigas do SARS-CoV-2 que já resultaram em mais de 100 milhões de infetados de 2,3 milhões de mortes em todo o mundo.

Para os ensaios clínicos, foram analisadas amostras de sangue de 256 participantes que testaram positivo à Covid-19, sendo que desses menos de um terço estavam infetados pela nova estirpe. Embora os resultados sejam preliminares e não tenham sido sujeitos a uma avaliação de pares, os autores do estudo consideram que os resultados são promissores.

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