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Bankinter alia-se à gestora Edmond de Rothschild para lançar um fundo que investe no metaverso

O Bankinter torna-se o primeiro banco em Portugal a lançar um fundo de investimento centrado na indústria que desenvolverá o metaverso.
26 Setembro 2022, 10h46

O Bankinter anunciou uma parceria com a Edmond de Rothschild AM, a gestora de ativos francesa, para criar e gerir o novo fundo de investimento que se lança exclusivamente para os clientes do banco. Trata-se de um fundo global e multissetorial, com a finalidade de satisfazer a procura dos investidores perante a nova revolução tecnológica que o metaverso irá implicar.

O fundo centra-se nos ativos que vão além do puramente tecnológico e imediato desta nova dimensão, para investir em títulos de setores com potencial de médio prazo, refere o Bankinter em comunicado.

O fundo de investimento é desenhado para todo o tipo de investidores, uma vez que admite aplicações a partir de cem euros.

Este fundo para clientes do banco tem como objetivo “oferecer um produto inovador que desperte o interesse de muitos investidores da banca privada”.

Apesar disso, “o banco tem querido expandir este universo potencial e abri-lo a todos os investidores, democratizando o seu acesso ao fundo, uma vez que pode ser contratado a partir de 100 euros”.

“O Bankinter aproxima o metaverso dos investidores e torna-se o primeiro banco em Portugal a lançar um fundo focado neste domínio que os especialistas estimam que irá desencadear uma revolução mais importante do que aquela que a Internet já representava há mais de 30 anos”, anuncia o comunicado.

O fluxo económico estimado pela Edmond de Rothschild AM, com base em relatórios sobre a indústria do metaverso, como o ReportLinker, é que esta chegue a movimentar um volume de negócios global de 759 mil milhões de dólares em 2026, face aos 107 mil milhões registados em 2020.

A estimativa de alguns especialistas é que a dimensão deste novo mercado cresça 867% no período 2021-2024.

O fundo concentra o investimento em empresas, tanto tecnológicas como de outros setores, no horizonte de médio prazo, com o objetivo de maximizar as possibilidades de retorno dos títulos em que investe. “Desta forma, o fundo propõe aos investidores um horizonte mínimo de investimento de cinco anos. É um produto global, porque investe sem qualquer restrição geográfica, e multissetorial”, explica o banco.

O metaverso combina realidade virtual e aumentada com experiência real e vai mudar a forma de consumo em muitos sectores.

“Neste momento, está a iniciar a sua fase de crescimento, razão pela qual os especialistas recomendam antecipar investimentos, para poder aproveitar o potencial de rentabilidade dos valores setoriais que serão influentes no metaverso”, acrescenta o comunicado.

Quanto aos setores em que irá investir, “para simplificar o vasto leque de áreas que serão decisivas no metaverso, a Edmond de Rothschild AM investe em 3 grupos temáticos que dão acesso a toda a cadeia de valor que oferece e oferecerá o metaverso”. O primeiro é “interface humano” que inclui as empresas cuja tecnologia será indispensável para poder aceder ao metaverso, por exemplo, dispositivos de realidade virtual e aumentada (como capacetes), metaplataformas ou equipamentos inteligentes. Entre os títulos que estão no portefólio do fundo estão a Sony, Nvidia, Microsoft, TSMC ou Apple.

O segundo grupo temático é “infraestrutura”, o que inclui empresas que desenvolvem tecnologias que permitem a conectividade, como Wifi, cloud ou centros de dados. Exemplos de títulos de carteira são Akamai, Verizon ou OVH.

Depois surgem “as experiências e novos casos de uso”. Este âmbito compreenderia empresas que ofereçam ferramentas de software e financiamento, seguros cibernéticos, videojogos, ferramentas de design, motores de mapeamento geoespacial 3D, gamificação, bens de consumo de luxo, entre outros.

“Um exemplo de valor é o gigante de luxo, LVMH, mas também Alphabet ou, noutro setor completamente diferente, como o dos seguros, Axa”, refere o banco.

Este fundo torna-se um dos primeiros na Europa a investir no metaverso. “Para a sua gestão, conta com uma equipa de investimento da Edmond de Rothschild que tem uma média de 13 anos de experiência tecnológica e financeira, apoiada, por sua vez, por especialistas temáticos que identificam oportunidades em toda a cadeia de valor do metaverso”, diz o Bankinter.

“Esta equipa distingue-se por estar entre as primeiras a desenvolver investimentos relacionados com a realidade virtual, realidade aumentada e todas as tecnologias que tornarão possível o metaverso. Aplicam também uma abordagem flexível, com a seleção dinâmica de stock a dar o maior contributo para o retorno da carteira”, conclui.

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