BCP é arrastado por colapso do SVB e segue a perder mais de 7%

A bolsa lisboeta encontra-se a negociar no negativo a meio da sessão, registando uma perda de 2,45% para 5.877,21 pontos.

Todas as empresas pertencentes ao PSI encontram-se a perder, sendo o BCP o líder das perdas, com um recuo de 7,21% para 0,2060 euros, seguindo-se a Galp com um tombo de 3,68% para 10,45 euros. A Sonae também recua 3,20% para 1,0290 euros, a Mota-Engil desvaloriza 3,04% para 1,530 euros, a Semapa cai 2,88% para 13,50 euros e a Greenvolt perde 1,97% para 6,95 euros.

Já a Altri recua 1,71% para 4,61 euros, seguindo-se os CTT com uma descida de 1,61% para 3,67 euros. A EDP decresce 1,30% para 4,69 euros e a REN perde 0,60% para 2,505 euros.

Na Europa o cenário é idêntico, com o índice alemão DAX a perder 2,39% para 15.024,0 pontos, o francês CAC 40 recua 2,52% para 7.037,43 pontos, o espanhol IBEX35 tomba 3,23% para 8.984,62 pontos e o Reino Unido cai 2,17% para 7.584,00 pontos.

Segundo o analista de mercados do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro, “as principais bolsas europeias registam fortes quedas esta manhã. Os investidores avaliam as repercussões do colapso do norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), na véspera da importante divulgação da inflação nos EUA. A banca está a ser bastante impactada, tombando mais de 5%, com o Commerzbank e o Sabadell a descerem mais de 10%. Apesar das medidas extraordinárias por parte do Governo Biden para reforçar a confiança no sistema financeiro, prometendo a cobertura da totalidade dos depósitos, o mercado está com receios de contágio”.

“O índice alemão DAX e o espanhol IBEX apresentam quedas na ordem dos 3%. Nenhum sector escapa ao sentimento negativo, pese embora os mais defensivos, como farmacêutico, utilities ou de alimentação, registarem uma melhor performance, com perdas inferiores a 1%. O índice VStoxx subiu cerca de 45% em apenas duas sessões, denotando um pico de volatilidade em resultado de sell-off, um cenário que em termos históricos por vezes tem funcionado com uma oportunidade de entrada ou reentrada nos mercados de capitais a preços mais reduzidos”, nota Ramiro Loureiro.

Também o mercado do petróleo negoceia no ‘vermelho’, com o texano WTI a recuar 3,86%, fixando o preço do barril nos 73,72 dólares e o Brent a perder 3,59% para 79,84  dólares. Já o gás natural está no positivo, com um ganho de 0,16% para 2,434 dólares.

No mercado cambial, o euro valoriza 0,26% face ao dólar, fixando-se nos 1,0670 dólares.