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BCP revê em alta proposta de aumentos salariais para 2,25%

A instituição liderada por Miguel Maya transmitiu, em carta enviada aos três Sindicatos da UGT, a sua proposta salarial para 2024 e que consiste num aumento de 2,25% na tabela e cláusulas de expressão pecuniária e subsídio de refeição de 13,50 euros.
29 Abril 2024, 11h46

O BCP subiu em 0,125% a sua proposta de aumentos na tabela salarial, para 2,25%.

Mas os sindicatos bancários afetos à UGT – Mais, SBC e SBN – repudiam veementemente argumentação do banco para justificar proposta de aumentos de 2,25%.

“O banco precisou de três meses de reflexão para subir em 0,125% a sua proposta de aumentos na tabela salarial. Obviamente, MAIS, SBN e SBC rejeitam-na e insistem numa valorização salarial que compense a perda do poder de compra dos últimos anos”, lê-se no comunicado.

Depois de três meses de interrupção nas negociações para reflexão, a instituição liderada por Miguel Maya transmitiu, em carta enviada aos três Sindicatos da UGT, a sua proposta salarial para 2024 e que consiste num aumento de 2,25% na tabela e cláusulas de expressão pecuniária e subsídio de refeição de 13,50 euros.

Em fevereiro o BCP apresentou uma proposta de aumento de 2,125% em resposta à destes sindicatos, que em janeiro anunciaram a sua reivindicação de 6%.

“O SBC, MAIS e SBN lamentam mais uma vez a decisão do BCP, sobretudo pela sua evolução de míseros 0,125% na tabela salarial,  quando em 2023 os seus lucros atingiram 853 milhões de euros, os mais elevados no histórico publicado pelo banco”, dizem os sindicatos que “repudiam veementemente a argumentação do banco para justificar o aumento de 2,25%”.

Os argumentos invocados foram os cenários macroeconómicos que, dizem os sindicatos da UGT, “infelizmente são sempre vistos pelo lado negativo, com previsões mais pessimistas do que as de todas as entidades nacionais e internacionais”.

Mas também os problemas da subsidiária polaca, e aqui os sindicatos defendem que “os trabalhadores não devem pagar, mais uma vez, as aventuras desastrosas de investimento da administração”.

Sobre o elevado número de reformados, os sindicatos dizem que “é uma vergonha que o BCP considere desta forma aqueles que no passado, com o seu trabalho, dedicação e sacrifício, deram o seu melhor para o banco ser o que é hoje”.

“Parece que os responsáveis do BCP já se esqueceram dos tempos difíceis, em que os trabalhadores contribuíram com uma percentagem dos seus vencimentos para garantir a sustentabilidade do banco e outros milhares foram forçados a aderir ao programa de redução do quadro de pessoal para salvar a instituição”, concluem o SBC, MAIS e SBN.

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