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Biobank: infetados recuperados podem desenvolver anticorpos que duram até seis meses

Entre os participantes do estudo conduzido pela Biobank que já tinham testado positivo, 99% desenvolveram anticorpos contra o SARS-CoV-2 durante três meses. Ao fim de seis, pelo menos 88% dos participantes ainda tinham esses anticorpos.
3 Fevereiro 2021, 11h32

Quase todas as pessoas que contrariaram uma infeção por Covid-19 apresentaram níveis altos de anticorpos que têm, em média, uma duração de seis meses — o suficiente para protegê-los contra uma reeinfeção a curto e médio prazo. Os dados surgem num novo estudo britânico conduzido pela Biobank, e divulgado esta quarta-feira.

Os cientistas responsáveis pela pesquisa, que avaliou os níveis de infeção pelo novo coronavírus entre vários grupos do Reino Unido e a duração dos anticorpos que resultaram dessa infeção, asseguram que, com base nos resultados, os casos de reeinfeção são raros. “A maioria das pessoas desenvolve anticorpos que foram detetados durante seis meses depois da infeção por Covid-19”, cita a “Reuters” as declarações de Naomi Allen, professora-chefe e cientista do Biobank.

“Embora não tenhamos a certeza de como esses anticorpos se relacionam com a imunidade contra a Covid-19, o estudo indica que as pessoas podem ficam protegidas contra novas infeções pelo menos durante seis meses depois da primeira infeção”, assegurou.

Entre os participantes que já tinham testado positivo, 99% desenvolveram anticorpos contra o SARS-CoV-2 durante três meses. Ao fim de seis, pelo menos 88% dos participantes ainda tinham esses anticorpos.

Os resultados vão em linha com outras pesquisas conduzidas no Reino Unido e na Islândia que concluíram que os anticorpos resultantes de uma infeção pelo novo coronavírus têm, tendencialmente, uma duração de vários meses nos sistemas imunitários de pessoas já recuperadas. Na verdade, o próprio Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido indicou, no mês passado, que as pessoas infetadas por Covid-19 têm grandes probabilidades de ficarem protegidas pelo menos durante cinco meses, mas esclareceu que ainda que estejam protegidos, podem ser portadores e transmissores do vírus.

Desta forma, o estudo da Biobank foi capaz de concluir que a população britânica que tem, neste momento, anticorpos contra a Covid-19 subiu de 6,6% entre maio e junho (altura em que o estudo teve início) para 8,8% entre novembro e dezembro, de 2020. Os resultados concluíram também que a soroprevalência do SARS-CoV-2 foi mais comum em Londres, com 12,4%, e menos comum na Escócia, com 5,5%.

 

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