Está de volta, pelo quinto ano, a Bolsa Capital Humano em Saúde, uma iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) que desafia as unidades de saúde a apresentarem projetos inovadores. O mote este ano é refletir sobre a transição para Unidades Locais de Saúde (ULS) de forma a promover a colaboração das pessoas e a melhorar a integração de cuidados.
Os profissionais de saúde interessados podem candidatar os seus projetos até ao dia 31 de janeiro e, caso sejam vencedores, devem comprometer-se com a implementação do projeto ao longo do ano, recebendo apoio em consultoria de gestão especializada da nobox.
“Com esta edição da Bolsa Capital Humano em Saúde, a APAH reafirma o seu compromisso em fomentar a inovação e a colaboração nas Unidades Locais de Saúde. Queremos capacitar as equipas para enfrentar os desafios da transição organizacional, criando soluções que coloquem o doente no centro e promovam melhores resultados de saúde”, afirma o presidente da APAH, Xavier Barreto, citado num comunicado.
A APAH explica que qualquer ULS se pode candidatar à bolsa com uma ideia que vise “melhorar o alinhamento entre as estruturas da prestação de cuidados”, sendo esta iniciativa também uma oportunidade para “aprofundar a análise dos problemas atuais relacionados com a mudança e trabalhar em propostas concretas que visem reforçar a cooperação e colaboração para conseguir melhores cuidados para o doente”.
A iniciativa, que conta também com o apoio da Gilead Sciences, procura ajudar a construir e implementar soluções inovadoras e pragmáticas para a melhoria dos cuidados e a motivação dos profissionais, desenvolver e aplicar boas práticas de gestão de projeto e dotar os profissionais das equipas de projeto com o conhecimento, métodos e ferramentas que lhes permita promover e liderar a mudança efetiva nas suas realidades.
“O nosso objetivo é apoiar as equipas com metodologias de inovação e gestão de mudança aplicadas ao setor da saúde, para garantir que os projetos têm impacto na organização e na experiência de profissionais e utentes”, afirma Diogo Silva, cofundador da nobox, citado no mesmo comunicado.
Após a fase das candidaturas, serão selecionadas até 10 instituições de saúde para participar na 1.ª Fase do Programa — um bootcamp de um dia dedicado ao tema “Desafios da Transição”. Na segunda etapa, as duas equipas vencedoras dispõem de uma bolsa de 60 horas cada para trabalhar com a nobox na implementação do seu projeto, faz saber a APAH.
“Nascer com Vigilância”, dinamizado pela ULS de Amadora/Sintra com o objetivo de diminuir o número de grávidas não acompanhadas e atenuar o seu impacto em indicadores de saúde materno-infantil, foi um dos projetos vencedores na edição do ano passado. Outro dos vencedores foi o projeto apresentado pela ULS de Leiria, e que tinha como objetivo potenciar o número de doentes referenciados para o regime de hospitalização diretamente através dos cuidados de saúde primários, evitando a afluência à urgência e incrementando os cuidados de proximidade à comunidade.
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