O Brasil deixa de dar dados sobre o número total de mortes e casos de Covid-19. Depois de dois dias consecutivos com recordes de mortes e atrasos na divulgação dos dados, as autoridades restringiram este sábado os dados sobre a Covid-19.
O boletim diário divulgado pelo Ministério da Saúde vai mostrar apenas as infeções e óbitos confirmados nas últimas 24 horas. O Brasil registava até esta decisão 672.846 casos e 35.930 mortes provocadas pela Covid-19, sendo o terceiro com mais mortos, depois dos Estados Unidos e do Reino Unido.
O Presidente Jair Bolsonaro diz que é melhor para o país, fazendo disparar críticas e receios nos meios político, jurídico e jornalístico de que o governo se prepara para manipular os números.
O antigo ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em rota de colisão com Bolsonaro, veio, de imediato, a terreiro considerar a decisão “uma tragédia”. Também o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que reúne autoridades de saúde dos 27 estados brasileiros, tomou posição, considerando que as mudanças juntamente com a sugestão de executar uma revisão de dados consolidados por governos regionais enviados diariamente ao Ministério da Saúde visam “dar invisibilidade aos mortos”.
Por seu turno, a Defensoria Pública da União, órgão governamental que indica gratuitamente advogados aos carenciados (advogados oficiosos), informou esta sábado que avançou com um pedido judicial para exigir que o Ministério da Saúde volte a divulgar os números suprimidos no portal que relata dados da doença.
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